A festa do Palmeiras pelo título do Campeonato Brasileiro, domingo, 27, reviveu uma das antigas tradições do futebol paulistano: a comemoração foi no Allianz Parque e na Avenida Paulista7, dessa vez impulsionada pela presença de todo o elenco,
Na farra alviverde, acompanhada por cerca de 2 mil pessoas, destacaram-se o diretor de futebol do clube, Alexandre Mattos, e o capitão Dudu.
Oodirigente foi o mestre de cerimônias desde que o ônibus com os atletas chegou ao local, por volta das 21h. Naquela hora, já havia pelo menos 500 pessoas celebrando o título, mas os festejos só ganharam força sob a batuta de Mattos. Contente, ele chamou um por um os integrantes do elenco e pediu para a torcida cantar o nome dos escolhidos.
Quem conseguiu explodir os presentes pela primeira vez foi o lateral esquerdo Zé Roberto. Depois de um breve discurso, ele assegurou que o Palmeiras era o maior clube de sua longa carreira futebolística. Todos entraram em êxtase quando ele repetiu um discurso feito ainda em 2015, no vestiário antes da estreia do clube no Campeonato Paulista. “Bate no peito de quem está do seu lado aí e fala: ‘O Palmeiras é gigante'”, exclamou, enquanto o público vibrava no asfalto mais famoso da cidade.
Moisés, de perfil mais reservado, também provocou uma reação curiosa ao ‘abrir o mar’ entre os torcedores, que formaram um corredor a pedido do meia. Fernando Prass, que chegou a segurar uma faixa “Chupa, Gambá”, pediu para os torcedores comemorarem após o sofrimento de 2013 e 2014. ” A gente merece demais”.
Talvez o atleta mais identificado com a torcida pelo ‘chapéu’ dado no Corinthians em sua contratação, o atacante Dudu levou a festa mais para o lado da rivalidade. Enquanto a maioria gritava ‘é campeão’ ou parabenizava os torcedores, ele pediu o microfone e começou a cantar uma versão própria de ‘acabou o caô, o Guerrero chegou, o Guerrero chegou’, música entoada pela torcida do Flamengo.
Por mais incrível que pareça, o agora ex-presidente Paulo Nobre chegou a rivalizar com os jogadores no volume da torcida antes da sua fala. Apontado como ‘principal responsável pelo título’ por Mattos, Nobre agradeceu aos presentes. Maurício Galliote, presidente eleito, foi sucinto e prometeu que a torcida nunca mais vai esperar 22 anos para comemorar um título brasileiro.
O técnico Cuca, um dos que mais recebeu pedidos por autógrafos e selfies, foi chamado para o microfone aos gritos de ‘renova’ e ‘fica’. Novamente sem dizer sim nem não, apenas celebrou o fato de conquistar um título pelo clube do coração. “Sou palmeirense, todos sabem, é uma honra sem igual”, comentou.
Depois dos pronunciamentos mais sérios, tudo voltou ao clima de festa quando Mina foi chamado para dançar ao som de uma música colombiana. Sem camisa, o zagueiro demonstrou os mesmos movimentos das suas comemorações de gol e foi bastante saudado pelos palmeirenses.