As forças iraquianas entraram nesta quinta-feira (3) pela primeira vez em Mossul, no Iraque, em mais de dois anos, disse o Ministério da Defesa iraquiano sobre a operação que tenta libertar a cidade do controle do grupo extremista Estado Islâmico.
O porta-voz do Ministério da Defesa do Iraque, brigadeiro-general Tahsin Ibrahim, disse, em entrevista à rede de TV CNN, que unidades da 9ª Divisão de Blindados entraram na cidade. As tropas realizaram a operação através do bairro de Al Intisar, no leste.
Esse é, até agora, o avanço mais significativo na ofensiva das tropas iraquianas, lançada há mais de duas semanas, para libertar Mossul. O Estado Islâmico assumiu o controle da cidade iraquiana em junho de 2014.
Oa avanços aconteceram depois que as forças governamentais entraram há dois dias no bairro de Kukyeli e recuperaram a sede da televisão local de Mossul, levando a maioria dos combatentes radicais a sair da parte oriental da cidade.
Resistência
Mesmo encurralado em seu bastião de Mossul, o líder do Estado Islâmico conclamou seus seguidores a lutarem até a morte, no que disse ser uma guerra contra o islã xiita, “cruzados” ocidentais e países sunitas “apóstatas” como Turquia e Arábia Saudita.
Expressando confiança na vitória, apesar da ampla aliança de forças iraquianas e internacionais congregadas contra alguns poucos milhares de militantes do Estado Islâmico em Mossul, Abu Bakr al-Baghdadi pediu aos jihadistas que “causem estragos”.
“Esta batalha feroz e esta guerra total, e a grande jihad que o Estado do Islã está realizando hoje, só aumentam nossa crença firme, se Deus quiser, e nossa convicção de que tudo isso é um prelúdio da vitória”, disse Baghdadi, em uma gravação divulgada na internet.
Retomar a segunda maior cidade do país marcaria a derrota da vertente iraquiana de um califado transfronteiriço que Baghdadi proclamou do púlpito de uma mesquita de Mossul dois anos atrás. O Estado Islâmico também ocupa grandes porções da vizinha Síria.