O prefeito eleito professor Juliano Brito Bertolini reuniu a imprensa na tarde de ontem, 29, para prestar esclarecimentos sobre suas contas e boatos circulados nos últimos dias, em redes sociais, a respeito de doações irregulares para sua candidatura. Participaram também os assessores jurídico e financeiro, José Reinaldo Gussi e Vanderlei Biazini, além de colaboradores da campanha da coligação que venceu as eleições.
Na ocasião, o futuro administrador negou as acusações a seu respeito e declarou já ter conhecimento de quem espalhou as falsas notícias sobre o financiamento ilegal de sua campanha, principalmente por parte de seus familiares.
“Alteraram informações da minha campanha, acusando pessoas que amo, com valores absurdos, que não correspondem à realidade e que podem ser confirmados no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo. Já sabemos quem foram os responsáveis e tomaremos medidas jurídicas a respeito”, discursou Juliano.
A respeito das alegações de irregularidades do vereador eleito Célio Ferregutti (PV), o professor argumentou que o mesmo pediu exoneração do cargo que ocupava na Assembleia Legislativa em fevereiro de 2016 e que houve sim doação, mas também dentro do permitido pela lei. Tanto Célio, quanto o vice-prefeito eleito Moisés Antônio de Lima, não participaram da reunião, pois cumpriam agenda de compromissos em São Paulo.
De acordo com Vanderlei Biazini, contador da campanha de Juliano, sobre a notificação da Justiça Eleitoral de Dracena a respeito das contas do futuro administrador, nada ainda foi decidido, pois falta a análise final do juiz. Veja matéria sobre o na página 6.
“Contrário ao que andou sendo divulgado em alguns meios, não tem voto de minerva. O juiz é quem decide e ponto”, disse. Já sobre o fato de uma nota promissória referente a um empréstimo feito por Nivaldo Cavalari, o contador argumentou que na verdade ocorreu o contrário do especulado.
“O Juliano foi quem emprestou dinheiro ao Nivaldo, em março deste ano, e a dívida foi quitada em setembro. A nota promissória da qual se fala é referente a isso. Tudo está devidamente registrado”, explicou.
Entre os argumentos apresentados sobre as acusações, o advogado José Reinaldo Gussi ressaltou que notificações do TRE são comuns em prestações de contas, citando como exemplo, casos ocorridos com outros prefeitos da região, e considerou desnecessária tanta hostilidade.
“Isso que vem ocorrendo com as contas é um lapso normal. Basta somar os ganhos dele para ver que dá e sobra para fazer frente, então não há razão para tanto mal entendido. Eu só acho o seguinte, perdeu, seja humilde; ganhou seja magnânimo”, concluiu.
ENTENDA O CASO – Na segunda-feira, 21, passada, o prefeito eleito de Dracena, professor Juliano, foi notificado pela Justiça Eleitoral, pedindo explicações sobre a prestação de contas relativas à arrecadação e aplicação de recursos financeiros na campanha eleitoral de 2016.
Após a divulgação do caso, começaram a circular nas redes sociais rumores denominados como ‘Fatos estranhos envolvendo a candidatura de Juliano’, que segundo o mesmo não passam de inverdades, utilizando informações adulteradas e valores supervalorizados, conforme se defendeu na reunião na tarde de ontem, 29.
“Meu grupo e eu não denegrimos ninguém, sempre agimos com a verdade e assim seremos com todos. Pagamos todos os encargos sociais e honramos nossos compromissos. Eu sei o que estou fazendo e quero que a população tome conhecimento de que todas as minhas ações são às claras e honestamente”, finalizou o prefeito eleito.