A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa começa nesta terça-feira, 1º, no Estado de São Paulo e encerra-se dia 30. A vacina é obrigatória para os bovídeos (bovinos e bubalinos) de toda a faixa etária, inclusive os vacinados na primeira etapa, realizada em maio, quando na época, tinham de zero a 24 meses.
A meta da Secretaria da Agricultura do Estado (SAA) é imunizar 100% do rebanho paulista, estimado em 10,6 milhões de cabeças. Na região de abrangência do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA), de Dracena, na campanha de novembro de 2015, foram vacinadas 330 mil cabeças, correspondendo a 100% do rebanho em 16 municípios.
A expectativa para este ano, conforme o médico-veterinário da Defesa, Marcelo Kenji Yoshida, é que na etapa atual também seja vacinado todo o rebanho (100%) na região.
Para garantir a eficiência na vacinal, técnicos da Defesa realizam vistorias nas lojas de produtos veterinários da região onde verificam o estoque e certificam a qualidade (condições de armazenamento) das vacinas que serão vendidas ao produtor.
Yoshida explica que nas vistorias realizadas há vários anos, até hoje não foram encontradas irregularidades nos estoques das vacinas das lojas especializadas.
De acordo com a SAA, o estoque de vacina disponível no Estado para comércio durante a campanha de novembro (a legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores) é cadastrado pela revenda no sistema Gedave.
A vacina deve ser mantida entre 2 e 8 graus centígrados, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com no mínimo dois terços de seu volume em gelo. “A vacina nunca deve ser congelada”, explica a SAA.
A higiene e a limpeza são fundamentais na hora desse procedimento. Usar seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro). Independente da idade, a dose é de 5 ml de vacina.
As agulhas devem ser substituídas com frequência, para evitar infecções e os frascos da vacina devem ser mantidos resfriados durante a operação.
PRAZO – O criador tem até o dia 7 de dezembro para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária diretamente no sistema informatizado Gedave ou entregar em uma unidade da Defesa, levando a declaração de vacinação preenchida e acompanhada da nota fiscal de compra das vacinas.
É preciso também declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como equídeos (equinos, asininos e muares), suídeos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).
Não vacinar ou não comunicar a vacinação à Defesa Agropecuária até a data estabelecida é passível de sanções: 5 Ufesps (R$ 117,75) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (R$ 70,65) por cabeça por deixar de comunicar a vacinação. O valor de cada Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (Ufesp) é R$ 23,5.
No mesmo dia 7 de dezembro também encerra o prazo para o produtor apresentar o comprovante de vacina contra a brucelose, que é aplicada em fêmeas de 3 a 8 meses.
O produtor que não entregar a declaração pela internet (Gedave) deve fazer pessoalmente no EDA (caso do criador de Dracena) e nas unidades da Defesa, localizadas em Panorama, Tupi Paulista, Irapuru, Flórida Paulista e Adamantina.
O lançamento da campanha vai ocorrer hoje, às 14h, em Presidente Prudente, com as presenças do secretário de Agricultura, Arnaldo Jardim e do titular da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), Fernando Gomes Buchala.
SERVIÇO – Para mais informações acessar: www.defesa.agricultura.sp.gov.br/programas/aftosa