A venda de títulos a pessoas físicas por meio do programa Tesouro Direto somou R$ 1,885 bilhão em outubro, informou hoje (18) o Tesouro Nacional. O programa atingiu 1,24 milhão de cadastrados no mês passado, com aumento de 74,4% nos últimos 12 meses. Somente no mês passado, cadastraram-se 50.539 investidores.
O valor médio por operação em outubro foi de R$ 10.710,48. As aplicações de até R$ 5 mil corresponderam a 70,3% das operações no período, o que sinaliza a utilização do programa por pequenos investidores. O total de operações de investimentos realizadas no mês, 175.997, foi o mais alto da série histórica.
Os títulos mais procurados em outubro foram os indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, respondendo por 60% dos investimentos. Os títulos atrelados à Selic, taxa básica de juros da economia, equivaleram a 21,6% do total. Por fim, os títulos prefixados, cujos juros são definidos antecipadamente, representaram 18,4%.
No mês, o estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 38,1 bilhões, um aumento de 4,1% em relação a setembro e de 66,2% sobre outubro de 2015.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente, no caso dos papéis prefixados.