A instauração do inquérito policial militar que vai apurar, no âmbito da PM, a atuação dos policiais militares na confusão envolvendo torcedores em Adamantina, depende da recepção de alguns documentos para ter início, mas deve começar em breve. A informação foi publicada no site e notícias Siga Mais, conforme declarações do comandante da 2ª Cia do 25º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I), capitão Julio Romagnoli.
Entre os documentos pendentes, os laudos do exame de corpo delito das vítimas é um dos aguardados, mas o capitão Júlio garante que a conduta dentro da corporação se desenvolverá com total transparência e isenção, e seguirá os procedimentos previstos no conjunto de normas que regem a atividade da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A apuração deverá ser presidida por um oficial superior ao comandante local da PM.
“A conduta dos policiais, como um todo, foi acertada e atingiu os objetivos. Eu estava no local e presidi a operação, mas todavia, haverá apuração interna para verificar se houve, eventualmente, alguma conduta isolada, praticada por algum policial, que viole as normas de conduta no exercício da profissão”, ressaltou o capitão, ao dizer ainda que caso essa violação seja confirmada, serão aplicadas as responsabilidades cabíveis ao caso, mas que a intervenção policial se desenvolveu dentro do protocolo para situações dessa natureza.
Após a briga, foi usado spray de pimenta contra os agressores, o que surtiu efeito, porém causou comoção nos demais torcedores, contra a conduta da PM, e isso acabou tendo a adesão de mais pessoas, que passaram a investir contra os policiais, arremessando latas de bebidas, promovendo golpes (voadoras) e outras formas de agressão física, além dos xingamentos e desacato, o que se intensificou.
“O emprego do agente químico é uma prioridade dentro do procedimento padrão para situações dessa natureza”, explica o comandante, que garante que depois do emprego do gás lacrimogênio cerca de 80% do público presente se dispersou, dentro dos objetivos da medida. Quem ficou, por sua vez, segundo o comandante, investiu contra os policiais. Ele assegurou que não houve emprego de balas de borracha ou armas de fogo e sobre o relato de pessoa lesionada, publicado na internet, pode ter sido decorrente do acionamento das bombas de gás lacrimogênio, cujo dispositivo dispensa fragmentos.
Sobre as críticas geradas nas redes sociais, de que a conduta foi despreparada, o comandante respondeu. “Pelo contrário: se estivéssemos despreparados, o cenário poderia ter sido pior. No geral, a ação foi dentro das normas, mas se houve ações isoladas, isso vai ser apurado”, completou. (Com informações do Siga Mais)