Duas equipes da 3ª Companhia de Polícia Militar Ambiental, 1º Pelotão Presidente Prudente, mais uma equipe de policiamento terrestre, apreenderam 77 aves silvestres e 57 gaiolas, em Santo Expedito, durante a Operação Piracema. O dono da casa foi multado em R$ 46.500, mas como tinha ainda dois galos de rapina, recebeu outra multa de R$ 2.400 por introduzir espécie animal sem parecer técnico oficial ou licença.
A Polícia fez contato com o morador após uma denúncia de que naquela casa havia criação irregular de animais, que autorizou a vistoria na residência, onde foram localizadas dezenas de aves entre silvestres e exóticas, sendo que as mesmas não possuíam anilhas. Sem qualquer comprovação de origem lícita, considerou-se, portanto, tratar-se de aves criadas irregularmente em cativeiro.
Segundo o proprietário, as aves eram apenas de estimação e não para comércio, alegando ainda que cuidava muito bem de todas. De fato foi verificado que as aves estavam em gaiolas limpas, com alimentação e água abundante, não sendo visualizados maus-tratos, porém foi elaborado um auto de infração ambiental “por ter em cativeiro, espécimes da fauna silvestre nativa”, com multa simples arbitrada no valor de R$ 46.500,00.
Dentre as aves apreendidas estavam um papagaio verdadeiro; cinco coleira do brejo; 29 coleira papa capim; quatro tiê sangue; cinco bigodinho; um caboclinho frade (presente na lista do decreto 60.133/2014); 11 canários da terra verdadeiro; dois tico tico; dois sabiá laranjeira; três sabiás pardo; oito trinca ferro; um patativa verdadeira (presente da lista do decreto 60.133/2014); dois inhapim; e um pintassilgo de cabeça preta.
Foram encontrados ainda dois galos de campina ‘paroaria dominicana’, o que resultou em outro Auto de Infração Ambiental “por introduzir espécime animal no território do Estado de São Paulo, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida pela autoridade competente”, com multa simples no valor de R$ 2.400. Também foram apreendidas 57 gaiolas, sendo 41 de madeira e 16 de arame.
As aves e gaiolas em questão foram recolhidas e destinadas a Associação Protetora dos Animais Silvestres de Assis (APASS).