A edição de 2016 terá nomes conhecidos no atletismo, como etíope Dawit Admasu (campeão em 2014), os queniano Paul Kemboi e Mathew Cheboi, os tanzanianos Augustine Sulle e Gabriel Geay e o brasileiro Giovani dos Santos.
Principal e mais antiga prova de rua do Brasil, a São Silvestre não é uma competição marcada por registrar novas marcas com frequência. A corrida vive o mais longo tabu de sua história: faz 20 anos que o recorde da disputa masculina foi cravado. Desde então, mesmo com corredores famosos, nada mudou.
Foi em 1995, ano em que o queniano Paul Tergat venceu o primeiro de seus cinco títulos em incríveis 43min12s. Considerando apenas as edições em que a prova teve 15 km, ou seja, a partir de 1991, ninguém conseguiu ser mais rápido do que ele.
Antes dele, o recorde era do queniano Simon Chemwoiywo, com 43min20 na São Silvestre de 1993. Depois dele, apenas cinco campeões venceram com tempo abaixo de 44 minutos. O próprio Tergat correu em 43min50, em 1996, e em 43min57, em 2000; o brasileiro Marílson Gomes dos Santos correu em 43min50, em 2003; o etíope Tariku Bekele correu em 43min35s, em 2011; e o queniano Edwin Kipsang correu em 43min47s, em 2013.
A dificuldade para quebrar o recorde teve várias justificativas ao longo dos anos, mas as principais foram relacionadas a altas temperaturas – a largada masculina ocorria às 17h – ou a problemas climáticos, como as fortes chuvas de verão dos fins de tardes paulistanos. Até o trajeto da prova chegou a ser questionado.
Mas essas justificativas perderam a força nos últimos anos. Desde 2012 a prova passou a ser realizada pela manhã, com a largada masculina a partir das 9h. Além da temperatura mais amena e a ausência de chuva, os trajetos também foram modificados.
Em 2011, na última prova vespertiva, a chegada deixou de ser na avenida Paulista, 900, e passou para avenida Pedro Álvares Cabral, no Ibirapuera. Assim o percurso final foi em uma descida, aumentando a velocidade dos competidores.
Em 2012 e em 2013, mais descidas foram incluídas. Ruas mais largas, com melhor infraestrutura também passaram a fazer parte da prova. Nada ajudou.
Quem sabe a história mude neste ano. A edição de 2016 terá nomes conhecidos no atletismo, como etíope Dawit Admasu (campeão em 2014), os queniano Paul Kemboi e Mathew Cheboi, os tanzanianos Augustine Sulle e Gabriel Geay e o brasileiro Giovani dos Santos.
A São Silvestre será neste sábado, dia 31 de dezembro. A prova começa a partir das 8h20 (de Brasília), com a largada dos cadeirantes. Às 8h40 (de Brasília) será a vez das mulheres. O homens iniciam a prova às 9h (de Brasília).
Disputada desde 1975, a prova feminina da São Silvestre passou a ter 15 km no mesmo ano da masculina, isto é, em 1991. Desde então teve três quebras de recorde.
A primeira foi em 1993 com a queniana Hellen Kimaiyo (50min26). Sete anos depois, em 2010, a também queniana Alice Timbilili registrou o tempo de 50min19s, recorde que foi superado no ano seguinte pela queniana Priscah Jeptoo, com 48min48s.