Catadores de lixo recicláveis se queixam do descaso da Prefeitura de Dracena. Sem repasse dos materiais acordados em um contrato, os catadores estão trabalhando em meio a inúmeras dificuldades.
Segundo Michele Aparecida Soares, tesoureira da Cooperativa de Trabalho e Reciclagem de Resíduos Sólidos de Dracena (Cotrares), que realiza a coleta no município, há oito anos a Cotrares tem contrato com a Prefeitura, no qual está combinado, pela parte da administração municipal, um repasse de verba para o mantimento da instituição; fornecimento de materiais para a coleta, como por exemplo, o saco plástico de lixo (verde); além da manutenção dos dois caminhões utilizados pela equipe no serviço.
Mas segundo Michele, há cerca de 20 dias, o material acabou e não foi reabastecido. A cooperativa então teve que providenciar alguns sacos com recurso próprio, mas de qualidade inferior, porém é o que tem mantido o funcionamento da coleta.
“Compramos mais um pouco de saco e vamos continuar o serviço até quando durar. É difícil porque temos outras despesas e sem este financiamento municipal não conseguimos trabalhar”, declarou a tesoureira.
A Cotrares existe há dez anos em Dracena, mas realiza suas atividades há oito. São 35 coletores mais dois motoristas, fazendo o trabalho de recolher os materiais recicláveis de todos os bairros da cidade, além dos distritos de Jamaica e Jaciporã.
Se não bastassem todas as dificuldades, a cooperativa passou ainda por outro problema esta semana. Com apenas dois caminhões, um dos veículos quebrou e o grupo se viu novamente na mão, já que a Prefeitura se negou a arcar com o conserto, alegando falta de verba e também de mão-de-obra.
O JR entrou novamente em contato com Michele e, no final da tarde de ontem, 22, fomos informados de que o secretário em exercício da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Michel Carlos Rodrigues Crepaldi, disponibilizou um veículo da frota municipal para que a coleta não fosse interrompida.
“Nosso contrato vence dia 31 agora e esperamos que além da renovação, porque nós e a cidade dependemos desse serviço”, concluiu Michele.