Motorista melhor preparado e autoescola alinhada com a tecnologia, colaborando para um trânsito mais seguro e ainda economizando recursos. Esses são alguns dos reflexos da presença do simulador de direção veicular no processo de formação de condutores no Brasil. Até dezembro de 2016, 6 milhões de aulas já foram aplicadas no equipamento para mais de 1,1 milhão de alunos.
Para quem pretende obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) – categoria B, o simulador vai ao encontro da busca pela construção de um trânsito mais seguro. O aparelho capacita o futuro motorista a reagir de maneira adequada diante de situações adversas que enfrentará, complementando o aprendizado, fixando o conteúdo absorvido nas aulas teóricas e contribuindo para a preparação à etapa prática.
“O simulador de direção possibilita ao aluno vivenciar experiências que não poderiam ser reproduzidas nas ruas, seja por questões de segurança ou impossibilidade climática, como condução sob neblina, em dias de chuva e situações de aquaplanagem”, explica Sheila Borges, diretora de produtos da ProSimulador. No equipamento, o aluno pode treinar repetidas vezes as reações corretas e os cuidados que devem ser adotados ao trafegar, por exemplo, em rodovias e serras, além de vias com grande movimentação de veículos e pessoas.
“O equipamento ainda alerta acerca dos riscos de dirigir embriagado, por meio do teste de alcoolemia, que simula os efeitos negativos do álcool no organismo do motorista”, completa Sheila. No simulador, os instrutores têm a oportunidade de conscientizar os alunos sobre os perigos de se manusear o celular ao volante – infração agravada desde o início de novembro, quando entrou em vigor a atualização aplicada ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Às autoescolas, além de contribuírem com sua missão de preparar melhor os novos condutores, o simulador representa economia com a manutenção e o combustível utilizado pelos veículos da frota disponíveis nas aulas práticas de direção. Isso porque se antes eram 25 aulas práticas na rua, agora são 20 nessas mesmas condições e cinco no simulador de direção. A ferramenta ainda é benéfica ao manter alunos e instrutores em ambiente seguro, reduzindo despesas com adicionais noturnos e permitindo que um mesmo instrutor atenda até três alunos simultaneamente.
Para contar com o simulador, o Centro de Formação de Condutores (CFC) não precisa comprá-lo, pois há a opção do comodato. Essa alternativa também isenta a autoescola do custo com a instalação, capacitação, atualização e manutenção dos equipamentos. Além disso, nesse modelo, os CFCs pagam somente pela aula aplicada e o valor cobrado por empresas como a ProSimulador, fornecedora homologada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), é menor do que a quantia já paga pelos alunos.
Existe, ainda, a opção de compartilhamento de simuladores, visto que os CFCs não são obrigados a possuir o equipamento, já que a Resolução nº 543/2015, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), determina que os alunos passem pelas aulas no equipamento. Sendo assim, diversas autoescolas podem utilizar um mesmo simulador. Estados como Paraná e Minas Gerais já contam com expressivos números deste tipo de centros de compartilhamento, com 14 e 48 unidades, respectivamente.