O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que verifica a evolução dos empregos formais no Brasil em municípios com mais de 10 mil habitantes, constata que em 2016, houve queda nas contratações com carteiras assinadas em todo o Brasil, apesar do índice ter sido menor que 2015.

Nas cidades da região com mais dez mil habitantes, somente Adamantina e Pacaembu, registraram no ano passado, crescimento nos empregos formais. Adamantina teve 3.477 admissões e 3.219 desligamentos, com saldo positivo de 258  (+2,93%) postos de trabalho.

Em Pacaembu, conforme o Caged foram 404 admissões e 257 demissões, com saldo positivo de 147 empregos (+13,8%). As demais cidades registraram mais demissões do que contratações.

Flórida Paulista, em 2016, teve 981 contratações e 1.790 desligamentos, com saldo negativo de 809 postos (-42,97%), em Junqueirópolis, foram 1.474 contratações  e 2.067 desligamentos, com saldo negativo de 593 vagas (-11,01%).

Em Dracena, foram registrados em 2016, 3.438 trabalhadores e dispensados 3.613, reduzindo 175 postos (-1,88%) de trabalho. Em Tupi Paulista, foram registrados em carteiras 843 funcionários e 1.145 foram dispensados, resultando em saldo negativo de 302 vagas (-14,52%) e em Panorama, foram 848 contratações e 1.014 dispensas no período de 2016, com saldo negativo de 176 (-6,32%) vagas no mercado formal.

Entre os setores pesquisados pelo Caged, que é vinculado ao Ministério do Trabalho, incluem a construção civil, comércio, serviços, administração pública e agropecuária.

MINISTÉRIO DO TRABALHO – Segundo o Ministério do Trabalho, o ano de 2016 terminou com queda no ritmo da perda de empregos formais no País. Nos últimos 12 meses, foram fechadas 1.321.994 vagas, 14% a menos do que no mesmo período de 2015, quando o mercado perdeu 1.534.989 postos de trabalho. “Apesar dos números ainda serem negativos, a comparação já mostra uma diminuição significativa no fechamento de vagas”, informa o Ministério.

PERSPECTIVAS – Os resultados do Caged indicando a redução no número de desempregos formais em 2016, comparado a 2015, apontam, de acordo com técnicos do Ministério do Trabalho, projeções mais otimistas para o aumento dos empregos formais neste ano.

 Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) apontam que a inflação será menor este ano, assim como a taxa básica de juros – Selic.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será de 4,8%, valor esse bem próximo à meta para o ano, que é de 4,5%. Já a Selic, antes projetada em 10,25% ao ano, passa a ter expectativa de 9,75%.

As projeções fazem parte do Boletim Focus divulgado pelo Banco Central. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) manteve-se estável, com expectativa de crescimento de 0,50% em 2017.

Em 2016, a inflação medida pelo IPCA ficou em 6,29% e a taxa Selic caiu de 13,75% para 13% neste ano.