Além da dificuldade natural da negociação entre Santos e Atlético-MG pelo atacante Robinho, o Peixe e o próprio camisa 7 ainda tinham outras pendências que extrapolam o atual vínculo para que o jogador volte ao clube em 2017: a dívida que o Peixe tinha com o atacante por conta de sua passagem entre 2014 e 2015 e o receio da própria torcida santista quanto ao seu retorno à Vila.
O acerto de Robinho com o Galo gerou revolta nos torcedores, que chegaram até a pichar os muros do CT Rei Pelé como forma de protesto. Além disso, na primeira partida do Rei do Drible como adversário na Vila Belmiro, os santistas vaiaram a cada toque na bola do atacante. Às vésperas do duelo com o Galo, diversas imagens com a foto de Robinho em uma nota de dinheiro circularam nas redes sociais.
As duas questões, contudo, foram resolvidas no encontro entre o presidente Modesto Roma Júnior e a advogada do jogador, Marisa Alija. As partes entraram em acordo pelo pagamento da dívida e discutiram também a questão dos torcedores. Robinho e sua representante entendem que torcedor é passional e não colocam as vaias como um obstáculo nas negociações.
Agora, Modesto Roma se comprometeu a entrar em contato com Daniel Nepomuceno, presidente do Atlético-MG, e apresentar uma proposta concreta. Modesto e Marisa Alija até discutiram alguns valores superficialmente, mas entendem que o primeiro passo a ser dado é convencer o Galo, algo que não será fácil.
Ao portal Uol, Nepomuceno afirmou que Robinho é “inegociável”. Nem isso, contudo, esfriou o interesse do Santos. O presidente santista ainda discutirá a possibilidade de contratar o camisa 7, que tem contrato até dezembro e multa de R$ 100 milhões de reais para clubes brasileiros.
A princípio, o Rei do Drible não interferirá nas conversas para nenhum dos lados. Ao mesmo tempo em que está feliz no Atlético-MG e é titular absoluto em Belo Horizonte, o jogador não fecha as portas para o clube que o revelou para o futebol e onde conquistou diversos títulos.