O Poder Judiciário concedeu a prisão temporária requerida pela Polícia Civil de Adamantina e o acusado pelo assassinato do funileiro Giovano Ferreira da Costa, de 27 anos (veja mais), ocorrido na noite desta segunda-feira (13).
Depois de se apresentar nesta terça-feira (14) à Polícia Civil e assumir sua participação no assassinato do funileiro, o rapaz de 19 anos deverá ficar preso, inicialmente, por 30 dias. Esse é o prazo fixado pela Justiça, que poderá ser prorrogado, inclusive com a permanência do acusado preso, até seu julgamento. As decisões futuras dependerão do andamento do processo.
O inquérito é presidido pela delegada Rita de Cássia Gea Sanches, do 1º Distrito Policial de Adamantina. Na manhã de hoje – cerca de 12 horas após o crime – o acusado se apresentou no 1º DP (veja aqui), acompanhado de advogado, e foi ouvido nos autos. No interrogatório, segundo a delegada, o acusado alegou ter sido agredido pela vítima com golpes de capacete e reagiu para se defender.
Conclusão do inquérito em 10 dias
A delegada pretende concluir o inquérito no prazo máximo de dez dias, incorporando ao mesmo o depoimento do acusado e testemunhas, além dos laudos periciais da Polícia Científica e do Instituto Médico Legal (IML), e posteriormente encaminhá-lo ao Poder Judiciário, que assumirá as demais tratativas.
Se o Poder Judiciário entender pela admissão do inquérito, onde o rapaz de 19 anos é indiciado por homicídio, o mesmo poderá ser julgado pelo Tribunal do Júri. Ainda não há prazos para que essas etapas futuras aconteçam, no âmbito da Justiça local.
Com a decisão da Justiça que determinou a prisão temporária do acusado, o mesmo foi recolhido à cadeia local, e poderá ser transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá.
Funileiro foi morto com tesoura de jardinagem
A delegada explicou ao Siga Mais que durante a tarde de ontem (13) houve um encontro ocasional entre o acusado, sua namorada e a vítima, em uma oficina de motos, em Adamantina, quando o funileiro cumprimentou a namorada do acusado, por serem amigos de infância. Essa situação teria irritado e provocado ciúmes no acusado.
Já no início da noite o acusado estava na casa de um amigo, no Parque do Sol, quando o funileiro passou pelo local, de moto. Houve uma provocação, por parte do acusado, e iniciada uma discussão entre os dois.
No auge da discussão, o acusado pegou uma tesoura de jardinagem seu estava sobre um muro e atingiu o funileiro com um único golpe, que foi fatal, fugindo em seguida. Em seu depoimento hoje, ao se apresentar no 1º DP, o acusado disse que agiu para se defender, depois de ter sido agredido pelo funileiro, com golpes de capacete.
Atuação destacada da PM
Desde que a Polícia Militar foi acionada por populares, sobreo ocorrido, trabalhou sem parar, avançando a noite de segunda-feira e a madrugada seguinte, mobilizando todo o efetivo, inclusive policiais de folga, para que o caso fosse prontamente esclarecido. A rápida atuação da PM se deu, também, para identificar e tentar capturar o suspeito pela autoria do assassinato.
Assim, o levantamento das informações e das circunstâncias do homicídio, pela atuação dos policiais militares, permitiu subsidiar a Polícia Civil para a tomada dos demais encaminhamentos, que se deram a partir do registro da ocorrência pelo plantão da corporação, e que foi distribuído na manhã de hoje ao 1º DP.