Durante os quatro meses da pesca proibida, período da piracema, cerca de 900 pescadores profissionais vinculados à Colônia Z-15 José Moré, de Panorama, receberam seguro-defeso, no valor de um salário mínimo durante os meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro.
Segundo o presidente da Colônia, Orisvaldo Barreto, logo no primeiro dia da pesca autorizada, quarta-feira, 1º, os pescadores profissionais retornaram ao lago da Hidrelétrica Sérgio Motta (rio Paraná), para reiniciarem suas atividades.
A pesca esteve proibida a partir do dia 1º de novembro até a última terça-feira, 28. A Colônia Z-15, possui aproximadamente 1,2 mil filiados das cidades da Alta Paulista e da região Noroeste. Destes, cerca de 200 são aposentados que não receberam o seguro pelo Governo Federal e aproximadamente outros 100 não exercem diretamente a pesca como atividade principal de trabalho e por isso também não tem direito ao seguro.
Em Panorama, são cerca de 300 pescadores profissionais pertencentes à Associação e em Paulicéia, 150. Os demais residem nas cidades das regiões Alta Paulista e Noroeste, como Castilho. Uma boa parte destes, de acordo com o presidente da Colônia, retornou ontem, 1º, mesmo ao rio.
“Estavam ansiosos para reiniciar, apesar do seguro de um salário mínimo (que era de R$ 880 até dezembro e R$ 937 a partir de janeiro) que receberam na pesca eles conseguem um pouco mais, além de trazerem alguns peixes para a refeição da família que ajuda muito”, esclarece Barreto.
Ele ressalta que apesar de um salário mínimo mensal ser pouco para o sustento de uma família, quando o ideal seriam dois salários, Barreto considera boa a medida do Governo Federal em garantir o seguro defeso.
“Ele (o pescador) tem os oito meses do ano de pesca livre e se preparar para o período de defeso (piracema), quando não vai poder exercer a atividade por quatro meses mas terá a garantia da reprodução das espécies quando voltar ao rio”, pondera.
Entre as espécies mais encontradas para a pesca nesta época do ano após a piracema no Lago da Hidrelétrica em Panorama e Paulicéia, conforme o presidente da Z-15, estão a piapara, traíra, armal, tucunaré, pacu e a piranha que de acordo com Barreto, chegam a pesar mais de um quilo e tem uma grande procura pelos consumidores.