Dizer que Gabriel estará em casa neste domingo, contra a Ponte Preta, às 16h (horário de Brasília), no Moisés Lucarelli, não é exagero. Apesar de nunca ter jogado pela Macaca, o volante do Corinthians, natural de Campinas, tem história na cidade e no estádio.
Há quatro meses no Timão, Gabriel se identificou rapidamente com a torcida – mesmo vindo do rival Palmeiras – e se tornou titular incontestável sob comando de Fábio Carille. O motivo está em casa: quase toda a família é corintiana. Incluindo o pai, Edemilson Franco, principal responsável por fazer o volante conhecer o futebol.
Formado no Paulínia, clube próximo a Campinas, Gabriel chegou a passar pela Ponte Preta para jogar futsal e futebol de campo quando tinha 11, 12 anos. Ainda muito garoto. Nessa época, começou a frequentar as arquibancadas do Moisés Lucarelli. Mas no setor de visitante, atrás de um dos gols, acompanhando jogos do Timão.
“Sempre fomos corintianos, desde pequenos. Não tínhamos nenhuma preferência por time daqui. A mãe dele também gosta do Guarani. Ele até jogou na Ponte Preta, dos nove aos dez anos, no futebol de campo e no futebol de salão. Não éramos sócios, fizemos uma carteirinha só para ele jogar. Frequentávamos só em dias de jogo” explicou Edemilson.
Desde cedo, Gabriel foi incentivado a assistir aos jogos. O primeiro teve até título – o Brasileiro de 1999, contra o Atlético-MG, quando ele tinha apenas sete anos. A experiência maior na arquibancada, porém, é mesmo em Campinas.
“A maioria dos jogos que vi na arquibancada foi em Campinas, contra o Guarani, no Brinco de Ouro, ou no Moisés. Fiquei muito ali atrás do gol, onde a torcida adversária fica. Conheço os atalhos, os caminhos que a torcida faz. Já vivi isso. Vim a alguns jogos do Corinthians em São Paulo também, como a final de 1999. São jogos que entram na memória” contou o volante.
Gabriel, claro, não era nascido em 1977, quando o Timão venceu a Ponte, conquistou o Paulistão e encerrou um período de quase 23 anos sem títulos importantes. Edemilson tinha 11 anos de idade, já entendia de futebol e passou a colecionar histórias. Contadas e reproduzidas pelo próprio filho.
“Ouvi muitas coisas sobre aquela final. Se não me engano, foi 13/10/77. E a senha de um dos cartões do meu pai era essa data do título. São coisas de família, histórias para contar. Um fato interessante”disse Gabriel.
O pai coruja não só confirmou a história, mas também reforçou sua paixão pelo Corinthians depois do gol de Basílio, que tirou o Corinthians da fila.