Na manhã de ontem, 5, cerca de 80 ex-funcionários da Usina Alta Paulista, de Junqueirópolis (Usalpa), cruzaram os braços e segurando as carteiras de trabalho, em ato de manifestação, reivindicaram o pagamento de direitos trabalhistas.
Conforme informações do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química e Farmacêutica de Fabricação de Álcool de Presidente Prudente e região, Milton Ribeiro Sobral, as rescisões contratuais de trabalho, os salários referentes aos meses anteriores e também o 13º salário, do ano passado, não foram pagos aos ex-funcionários da empresa.
No ano passado, cerca de 350 trabalhadores da usina foram demitidos, devido ao encerramento da safra de 2016. Segundo o presidente do Sindicato, Milton Ribeiro Sobral, como a cana-de-açúcar não foi processada na referida empresa, no final do ano passado, foram dispensados cerca de 150 trabalhadores desta categoria (química e farmacêutica), além dos demais trabalhadores (sindicato rural).
De acordo com Milton Sobral, atualmente há 170 processos na Justiça e nenhuma audiência referente aos pagamentos das verbas rescisórias dos contratos dos empregados da empresa foi realizada. “Os trabalhadores estão conscientes que irão receber só por meio da Justiça”, disse.
Conforme ele, desde fevereiro, em torno de 200 a 250 trabalhadores que foram demitidos, ainda não receberam os salários.
É o caso da ex-controladora de tráfico II, Vanessa Gláucia Viana Duarte, que está com o salário do mês de fevereiro em atraso. Há três anos na empresa, Vanessa Duarte conta que o restante das férias, o FGTS e o 13º salário ainda não foram pagos. “Falta concretismo, eles falam uma coisa e não cumprem”, disse a ex-funcionária sobre os direitos dos benefícios trabalhistas a serem recebidos.
Outro lado – A reportagem do JR entrou em contato com o departamento jurídico da empresa e no fim da tarde recebeu a seguinte nota por email: “No que tange a manifestação dos ex colaboradores da Usina Alta Paulista, realizada em 05 de abril de 2017, vimos pela presente comunica-los que com relação aos direitos reivindicados, a empresa está buscando recursos para cumprir com a integralidade dos direitos trabalhistas, durante a safra 2017, priorizando os pagamentos dos salários e na sequência as verbas rescisórias. Informamos ainda, que durante as próximas semanas passaremos datas mais concretas sobre a previsão de realização dos pagamentos”.