Ah, que poderoso acessório é uma bolsa! Mais do que uma necessidade, a bolsa tornou-se artigo que completa o visual. E como tem modelos diferentes, de todos os formatos, de todos os tamanhos e de todas as cores. E cada vez tem mais novidades.
A bolsa tem sido companheira de homens e mulheres há milhares de anos. Na Idade Média, que compreende o período de 500 a 1500, homens e mulheres usavam bolsas e as mesmas tinham muitas utilidades.
As bolsas masculinas geralmente eram maiores do que as femininas; confeccionadas em couro, peles ou tecidos ornados com franjas, tinham pingentes bordados em fios de ouro ou prata e ainda eram adornadas com pedrarias. Já naquele tempo as pochetes eram muito úteis e eram usadas presas bem rentes à cintura. Os homens ainda usavam uma espécie de saco, maiores do que as bolsas e presos por longos cordões sendo que o comprimento deles chegava até abaixo dos joelhos.
Existiam ainda os modelos especiais destinados a carregar remédios, tabaco, rapé, chaves, leques, escovas de cabelos e ainda livros de oração, conhecidos como bolsas-relicário.
No Século XVIII homens e mulheres usavam uma espécie de carteira, geralmente eram confeccionadas em couro ou seda; alguns modelos eram ricamente bordados. As mulheres usavam ainda um tipo de bolso, adornado com bordados e os mesmos costumavam ser passados para as descendentes da família.
No Século XX verificou-se grande avanço na moda e nos costumes. Logo no início daquele século, as bolsas tornaram-se indispensáveis e diferentes modelos surgiram; existiam bolsas específicas para cada hora do dia. Foi nessa mesma época que surgiram as sacolas de compra, ou seja, bolsas bem maiores destinadas a carregar tudo, e as bolsas de viagem.
Nos anos 20 as carteiras feitas de couro (que podiam ser também de cobra ou de crocodilo) predominaram. Os modelos para a noite eram bordados com pedrarias.
A década de 30 foi toda influenciada pelas divas de Hollywood. As bolsas continuaram pequenas e arrematadas por fecho de metal. Os fabricantes começaram a usar materiais mais baratos em sua confecção, é aí que entra em cena o plástico Bakelite.
Os anos 60 foram tempos de avanços em várias áreas. No Brasil surgiram os ateliês de alta costura que ditavam as nossas próprias tendências. Nas bolsas também houve uma retomada das técnicas artesanais como o tricô, crochê e patchwork.
Vinte anos depois, tínhamos a moda brasileira. Tudo era muito democrático. A bolsa estilo sacola continuava imperando e eram combinadas com a pasta executiva. Os sapatos eram coordenados com as bolsas. Nada podia ser mais chique. Era comum forrar os sapatos com o mesmo tecido da roupa quando o evento era muito formal. Pois é, era a moda.
A pochete, aquela mesma da Idade Média, também passa a fazer parte do vestuário masculino e feminino.
Nos anos 90 foi liberdade total. As bolsas foram oficialmente consideradas “acessório”, item de elegância, e já não precisavam mais ser coordenadas com os sapatos. Claro que deveria (e deve) haver harmonia entre os dois, mas não precisam mais ser da mesma cor. As peças passaram a ser confeccionadas dos mais diversos materiais e ganharam formatos e compartimentos que tornaram os modelos bem mais funcionais e adequados ao perfil da mulher.
Atualmente, estão em alta os modelos maiores, com alças não tão longas, de modo que garantam antes de tudo o conforto de quem às carrega. Internamente, quanto mais repartições, melhor. Neste sentido, o ideal é que tenha um “cantinho” prático para levar o celular e achá-lo o mais rápido possível quando tocar, ou receber uma mensagem.
O material usado para a confecção pode ser couro, sintéticos, plásticos e tecidos. Os bordados de todos os tipos e aplicações estão em alta, tanto para o dia quanto para a noite. Uma boa ideia é rebordar, usando miçangas e paetês, os tecidos estampados. Aposte na sua criatividade.