Os alunos do primeiro semestre do curso de Medicina da Unifadra Dracena participaram de atividades de vivência de situações de socorro para atendimento de surdos utilizando somente a linguagem de libras (Língua Brasileira de Sinais) para a comunicação. As simulações foram realizadas no último dia 19, sob a coordenação da professora de Libras Rosane de Carvalho e a participação da jovem Silvia Márcia (surda).
Segundo Rosane de Carvalho, o objetivo é oferecer ferramentas linguísticas para facilitar a comunicação entre médicos e pacientes surdos nos momentos de acolhimento, indicações medicamentosas e demais situações em que a língua é recurso para o sucesso dos envolvidos. A lei que torna a Libras a segunda língua oficial do Brasil completou 20 anos no dia 20 de abril, garantindo a acessibilidade aos indivíduos surdos.
O aluno Eric Augusto Solis participou da atividade e destacou que é importante que esteja preparado para todos os tipos de atendimentos. “Na Medicina nunca saberemos o que vamos encontrar, por isso devemos saber libras e garantir o direito à saúde dos surdos”, ressaltou Solis.
Segundo a aluna Caroline de Camargo Vianna, a importância desta disciplina é devido à inclusão e a acessibilidade que o profissional médico deve proporcionar aos seus pacientes. “Precisamos garantir que se sintam confortáveis e confiem em seus respectivos médicos, com vínculo efetivo e um tratamento digno”, completou a jovem.
Assim como Caroline e Eric, o aluno Nathan Colombo Alves vê o quanto é importante o aprendizado dessa língua para a afirmar uma qualidade nos atendimentos. “Tenho um tio surdo e sei como é difícil se expressar nos postos de saúde, então, para mim, a libras veio aumentar a abrangência em relação ao contato com as pessoas”, comentou Alves.
Os alunos destacaram o quanto é necessário o aprendizado da libras para integrar os deficientes auditivos na vida social e garantir-lhes acessibilidade nos mais diversos ramos e circunstâncias do dia a dia.
A jovem Silvia Márcia, surda convidada para participar da simulação de atendimento a uma grávida, se mostrou muito satisfeita com a atividade. “O teatro foi maravilhoso, fiquei emocionada! Eles usaram muitas expressões faciais e corporais”, explicou Silvia Márcia.
As aulas são oferecidas para os alunos de Medicina às sextas-feiras e ministradas seguindo as seguintes metodologias: aulas práticas com a participação de surdos convidados, dramatizações simulando situações de atendimento médico e produção de vídeos (teatros) pelos alunos com os conhecimentos adquiridos.