Um policial militar fardado, a caminho do trabalho, foi obrigado a matar um preso que havia acabado de sair em liberdade provisória. Ele foi atacado na noite desta quinta-feira (18) dentro de um ônibus de passageiros em movimento, no km 593 da rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Lavínia (a 69 km de Araçatuba).  

O detento, Valdir Cândido de Araújo, 57 anos, estaria embriagado e teria, inclusive, tomado a pistola ponto 40 do policial, que conseguiu recuperá-la durante a briga. Foram necessários seis tiros para contê-lo, segundo o PM. 

OFENSAS
Araújo embarcou em Lavínia; o PM, em Pereira Barreto, com destino a São Paulo, onde trabalha. Quando viu o militar, o preso começou a provocá-lo, mesmo estando fardado, chegando, inclusive, a ameaçá-lo de morte. O militar, que tem 33 anos de idade e estava na frente do veículo, afirma que ignorou as ofensas e foi se sentar nos fundos.

Quando o ônibus seguiu viagem, com 12 passageiros no total, a e luz se apagou, Araújo teria ido até o PM e continuou as ofensas, partindo para agressão e tomando sua arma. Ambos entraram em luta corporal no escuro. 

BALEADO
O PM, então, recuperou a pistola e disparou o primeiro tiro, acertando uma mão do detento. Mesmo baleado, ele teria partido outra vez para cima do militar, que disparou mais duas vezes, atingindo braço e virilha. 

A luz foi acesa pelo motorista e os passageiros entraram em pânico. O PM, então, foi até a porta, mas Araújo e seguiu. Mais três tiros foram disparados em seu peito, fazendo com que ele caísse no corredor, morrendo no local.  A Polícia Rodoviária foi chamada e todos os passageiros foram levados para delegacia para prestar depoimento. 

FICHA CRIMINAL
A reportagem apurou que Araújo tinha extensa ficha criminal por roubo desde a década de 1980, o que o levou a cumprir pena. Ele é nascido em Itaim Paulista e estava preso na Penitenciária 3 de Lavínia.  

Entre as testemunhas estão dois outros sentenciados, também beneficiados com a “saidinha”. Eles confirmaram a versão do PM e acrescentaram que Araújo bebeu bastante antes de embarcar. (Colaborou José Marcos Taveira)