O famoso TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo é um transtorno mental classificado pela Associação Psiquiátrica Americana como transtorno de ansiedade. São pensamentos descontrolados, indesejáveis e frequentes e comportamentos ritualizados ou com necessidade de acontecer.
Verificarmos ocasionalmente, por exemplo, se a torneira do gás de cozinha está fechada, se as portas da casa estão realmente trancadas, se o ferro de passar roupas está desligado, é completamente normal. O que passa a caracterizar o TOC é quando essas “manias” se tornam repetitivas e cada vez mais fortes, impossibilitando a pessoa de se sentir confortável quando não a faz.
Quem tem TOC sabe o quanto é difícil controlar os pensamentos obsessivos e os comportamentos compulsivos. Os pensamentos obsessivos são pensamentos incontroláveis ou imagens que aparecem frequentemente em sua mente. Apesar de saber que não tem real fundamento, estes pensamentos causam angústia, tristeza e um grande incômodo o que compromete a vida cotidiana da pessoa, pois esta não sabe como eliminá-los. Já a compulsão é um modo de comportamento recorrente que traz a ideia de oferecer segurança para o sujeito. Enquanto este não repete o comportamento várias vezes, não sente confiança de estar certo.
O alívio de realizar os rituais não dura muito tempo. Logo os pensamentos automáticos voltam e a compulsão reaparece. A ansiedade que vai gerando tudo isso se torna viciosa e cada vez mais forte. Mesmo tentando manter o controle, a pessoa sofre emocionalmente por estar vivenciando um momento tão complicado e que requer cautela.
Existem os que têm mania de higienização, os que acreditam que se pecarem algo ruim pode acontecer, os simétricos e organizados, os contadores e os que armazenam objetos por medo de um dia precisar e não ter.
Conviver com o TOC requer determinação, coragem, apoio das pessoas próximas e suporte de médico e psicólogo.
Alguém que sofre com este quadro clínico já deve ter escutado por aí que não existe a cura para o transtorno. Em certa parte isso está correto, porém posso afirmar que isso não deve ser encarado como o fim de todas as possibilidades e que nada pode ser feito. Existe o controle, a melhora e a chance de levar uma vida normal quando o indivíduo aceita o problema e busca os recursos necessários para o seu bem-estar.
A combinação de meios de tratamento oferecidos pelo médico psiquiatra e pelo psicólogo, até hoje, pode ser algumas das melhores formas de controlar o TOC.
Como dito anteriormente, não é qualquer tipo de pensamento ou qualquer mania que caracteriza o Transtorno Obsessivo Compulsivo. É necessário procurar ajuda profissional para fazer o diagnóstico correto. (Clínica Vida e Saúde – Av: Rui Barbosa, 1283 – Centro – Dracena – 3821-2637 – Facebook: Psicóloga Flávia Matioli Iwata)