Cinco dias após o assassinato da jovem Gabriela Rosa da Silva, de 22 anos, em Avanhandava (a 69 km de Araçatuba), uma situação desafia as autoridades e outra intriga a família da vítima. Acusado de esfaquear a ex-companheira e fugir com o filho deles, de 3 anos, o soldador Jhony Pereira Ramos, de 25 anos, começou a usar as redes sociais para se justificar. Enquanto isso, a criança, transferida para um abrigo em Tupã (a 124 km de Araçatuba), insistentemente, pergunta pela mãe.
A primeira postagem do soldador no Facebook foi feita ao meio-dia de sexta-feira (2), algumas horas após o crime. Ele disse na rede social que estava se sentindo triste e escreveu: “Que meu filho me perdoe um dia…”. O comentário teve centenas de respostas, a maioria de pessoas indignadas com o uso de rede social após o crime cometido.
‘MEDO’
Na domingo (4), ele tentou se defender. Em nova postagem, confessou o homicídio, entretanto, disse que “ficou com medo” de nunca mais reatar o relacionamento com a vítima ou de ser preso e “ela ficar livre aqui fora com outro”. “Tenho que cuidar do meu filho, pois é o mínimo que devo a ela. Que Deus me ajude a suportar tudo isso.”
Ele ainda afirmou que o “inimigo” – referindo-se ao diabo – o usou para matar a jovem “numa reação totalmente errada”, e que a vítima teria feito amizades erradas com pessoas que “fingiam” ser amigas dela. Ainda no domingo, postou em tom de despedida. “Pessoal, vou nessa. Daqui a 20 anos estou de volta.”
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do jovem, o que foi acatado pela Justiça. Familiares da vítima estão sendo ouvidos e ajudam na investigação.