Queridos amigos leitores, honestidade, decência, honradez, sensatez e seriedade deveriam fazer parte de todo humano civilizado e ético. Mas, infelizmente essas qualidades tornaram-se raras hoje em dia. São meras palavras só encontradas nos dicionários, quando consultadas.

Atualmente, no cenário político brasileiro, ficou ainda mais difícil encontrar pessoas com esses requisitos. Será que existe algum parlamentar digno de confiança? Constantemente surgem falcatruas, subornos, delações (corruptoras e corruptas) envolvendo empresários, deputados, senadores, governadores, ministros, inclusive presidentes da República; sugerindo que a atividade política no Brasil está virando sinônimo de desonestidade…
Não tenho a pretensão de ser dono da verdade e nem me dou o direito de ser pessimista. Porém, há um velho ditado que diz: “”Contra fatos não há argumentos””. O fato é que há muita bandalheira.
Alguns juristas questionam a legalidade de algumas ações da Polícia Federal ao realizar escutas telefônicas, autorizadas ou não pela justiça, e torná-las públicas. Mas, e as malas, as caixas de sapatos cheias de dinheiro, são legais? Se não, por que não são questionadas com a mesma ênfase?
Tais recursos financeiros foram obtidos de forma ilícita, portanto, dinheiro sujo, utilizado para pagamentos de propinas em obras superfaturadas, ou para subornar o silêncio daqueles que já estão presos.
Indivíduos que agem desse modo não são dignos de nos representar. Precisamos de pessoas competentes e, acima de tudo, honestas e decentes para gerenciar os recursos públicos em prol da comunidade, e não para uso próprio e de seus protegidos, pois o erário não lhes pertence.
É uma triste realidade! Há políticos neste país com medo de serem desmascarados e perderem o poder que exercem, manipulando a opinião pública. São verdadeiros lobos revestidos na pele de cordeiro… Até quando?
Infelizmente muitas pessoas filiadas a diferentes partidos políticos, que de livre e espontânea vontade candidataram-se a cargos eletivos, mentiram descaradamente durante o pleito eleitoral. Enganaram seus eleitores com promessas que jamais foram ou serão cumpridas.
Como pode um candidato gastar R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) na campanha eleitoral para, se eleito, receber um salário em torno de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais)? Alguém consegue entender essa conta?
Será que os privilégios, direitos e vantagens, aprovados na calada da noite, que acrescentam um valor significativo nos vencimentos que ultrapassam os R$ 100.000,00 (cem mil reais) mensais, contribuem para esse interesse?
Sim, pois ninguém parece se importar com tantas obras públicas inacabadas, hospitais sem equipamentos, estradas esburacadas e cheias de matos no acostamento… E, ainda, com as escolas e creches fechadas, com a falta de infraestrutura básica, de merenda e kits escolares.
Queridos amigos leitores, não faço parte de nenhum grupo político, e tampouco sou simpatizante de algum partido. Apenas afirmo, categoricamente, que tenho orgulho de ser brasileiro. Por outro lado, posso garantir-lhes que estou indignado e com muita vergonha, do atual cenário político do país.

*Vice-presidente do Gabinete de Leitura Sorocabano