os vendidos no país é equipada com os sistemas Isofix ou Latch, segundo dados da Jato Dynamics. E esse número está prestes a mudar – para melhor.
A partir de 2018, a resolução 518 do Contran obrigará todo novo projeto de automóvel, SUV e picape dupla a ter pontos de ancoragem para cadeirinhas infantis. Dois anos depois (em 2020), a regra passará a valer para todos os modelos à venda no Brasil.
“O Isofix é o sistema de retenção infantil mais avançado disponível”, diz Juliana Lopes, coordenadora de infraestrutura de trânsito do Dena-tran. Esse tipo de fixação possui travas na cadeirinha no formato de garras, que são encaixadas em um ponto fixo na estrutura do veículo.
Hoje, no Brasil, como o Isofix não é obrigatório, a maior parte das cadeirinhas não oferece o sistema.
“Os crash-tests feitos pelos institutos Latin NCAP e Euro NCAP mostram que o Isofix reduz o deslocamento do pescoço, ombros e coluna cervical”, afirma Maria Inês Dolci, coordenadora da Proteste, associação de defesa do consumidor.
Segundo o NHTSA (Administração Nacional de Segurança Rodoviária dos EUA), o uso do dispositivo reduz em até 40% o risco de lesão grave em crianças.
Desde 2008, a Lei da Cadeirinha estabelece que bebês e crianças só podem ser transportados em assentos infantis (de qualquer tipo) indicados segundo a faixa etária e o peso. Como reflexo, as mortes de menores de 10 anos caíram 23% no Brasil.
“A obrigatoriedade do Isofix reduzirá ainda mais o número de lesões graves e mortes de crianças”, diz José Ramalho, presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária.