Pese e meça cuidadosamente cada palavra que sai de sua boca. Quando estiver sumamente irado, antes de despejar sua insatisfação sobre aqueles que o rodeiam, respire fundo, conte até dez — ou vinte, se necessário — e só então se manifeste. 

Utilizar palavras que deixam feridas no coração e na alma daqueles que, por infelicidade, cruzaram o seu caminho num momento em que as tensões acumuladas no seu interior atingiam o seu nível máximo, é uma coisa da qual, com toda certeza, você se arrependerá. Aí, no entanto, o mal já terá sido feito.
A dureza dos termos, a altura da voz e o tom rude da fala podem causar muito sofrimento àquele a quem você se dirige. E, pior ainda, pode ser que venha a atropelar, com sua intempestividade, alguém que, naquele exato momento, estava fragilizado por acontecimentos que o impactaram terrivelmente: um filho doente, um problema financeiro insolúvel, um desentendimento em casa.
Jamais se desforre no mais fraco pela incompreensão, desatenção ou assédio sofrido. Isso não o fará sentir-se melhor. Ao contrário, somará, ao sofrimento que lhe infligiram, o remorso pela brutalidade com que golpeou um irmão em humanidade incapaz de defender-se.
Negue espaço em seu coração ao sentimento de vingança. Como ensinava Gandhi, no país do olho por olho, todos acabam ficando cegos. Só o perdão, mesmo difícil, nos liberta da mágoa e do ressentimento.
Cultive o hábito de ouvir antes de julgar. Evite criticar.
Quando for necessário enquadrar o comportamento de alguém, faça-o em termos corteses, tom moderado e fala mansa. É muito mais eficiente.
Saiba ser firme sem ser agressivo. Explique com paciência, oriente com segurança. Em tudo conserve a ternura. Assim a voz de Deus também ecoará em seu mundo interior com doçura e amor.
“Resposta suave aplaca a ira; palavra que fere incita a cólera.” – Provérbios 15:1 – Nova Bíblia Pastoral

*Jornalista (geraldo.bonadio@gmail.com)