O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) deixou na manhã deste sábado (1º) a carceragem da Polícia Federal em Brasília. A informação é da GloboNews. O cinegrafista da TV Globo Fernando Rodrigues registrou o momento que ele deixava o local.
Nesta sexta (30), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin mandou soltar Rocha Loures, mediante o uso de tornozeleira eletrônica.
Pela decisão de Fachin, Rocha Loures:
- Deverá permanecer em casa à noite (de 20h às 6h), nos finais de semana e em feriados, fiscalizado por monitoramento eletrônico (tornozeleira);
- Não poderá ter contato com qualquer investigado, réu ou testemunha relacionados aos atos pelos quais responde;
- Está proibido de deixar o país e deverá entregar o passaporte;
- Comparecer em juízo sempre que requisitado para informar e justificar suas atividades, mantendo informado o endereço no qual poderá ser encontrado.
A prisão de Rocha Loures
Ex-assessor especial do presidente Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures foi preso em 3 de junho pela Polícia Federal.
Ele foi flagrado pela PF recebendo uma mala, em São Paulo, com R$ 500 mil que, segundo delatores da JBS, eram dinheiro de propina.
Segundo a PGR, o dinheiro destinava-se ao presidente Michel Temer e era parte de propina paga pela JBS para que a empresa fosse favorecida, por influência do governo, no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Temer e Rocha Loures foram denunciados pelo Minsitério Público pelo crime de corrupção passiva.
O que dizem os denunciados
Antes mesmo de Rocha Loures ser preso, o advogado dele enviou uma manifestação ao Supremo na qual disse que o pedido de prisão, apresentado pela Procuradoria Geral da República, tinha como objetivo“forçar a delação” do cliente.
Após ser denunciado, o presidente Michel Temer fez um pronunciamento no qual se disse “vítima de infâmia de natureza política“; cobrou provas “robustas”; e declarou que a denúncia do MPF é uma “peça de ficção”.
Temer também divulgou, nesta sexta (30), um vídeo nas redes sociais no qual afirmou, sem citar nomes, que “alguns” querem parar o país, mas “não conseguirão”.