Na última quinta-feira (17), a Caixa Econômica Federal promoveu encontro com representantes da Associação Nacional de Comerciantes de Material de construção (ANAMACO), da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) para debate sobre ações de fortalecimento do varejo de materiais de construção. Durante o evento, realizado no campus da Universidade CAIXA de São Paulo, o banco divulgou mudanças no Construcard, linha de crédito para compra de material de construção, com objetivo de auxiliar e dar suporte ao crescimento do setor.

A partir de setembro, os lojistas que fizerem transações com o cartão Construcard, concorrerão a diversos prêmios. A campanha promocional é realizada pela CAIXA e a CIELO, voltada para os varejistas do setor. Foram disponibilizados novos limites pré-aprovados para os clientes e a taxa de juros do produto foi reduzida. O crédito pode ser contratado com taxas a partir 1,98% a.m., dependendo do valor, das garantias, do prazo e do relacionamento com o banco. A CAIXA também anunciou que, até dezembro, será realizada uma ação piloto com o objetivo de testar modelo alternativo de comercialização do produto, em que o cliente poderá contratar o Construcard diretamente no lojista. O propósito é ampliar a conveniência para o cliente pessoa física, além de auxiliar o lojista na realização de negócios.

Durante o evento, o diretor executivo de Produtos de Varejo da CAIXA, Humberto Magalhães, afirmou que “as discussões objetivaram ampliar a compreensão dos desafios e expectativas ligadas ao varejo de materiais de construção civil, setor fundamental ao desenvolvimento econômico do país”. Ressaltou ainda que “o que diferencia o Construcard das modalidades de crédito parcelado habituais, e implica em um incentivo diferenciado para o setor da construção civil, é que além do prazo alongando, o cliente tem o benefício de até seis meses para utilização, antes de iniciar a fase de amortização, permitindo mais tranquilidade a quem está construindo ou reformando”.

O debate foi mediado pelo representante da FIESP, Mário Willian Esper, que destacou a importância do canal varejo para materiais de construção, tendo em vista que o setor recuperou as vendas nesse segmento em 5% em relação a 2016, e em relação a 2014 caiu apenas 6%, enquanto a arrecadação de ICMS caiu 20%. Para o presidente da ANAMACO, Cláudio Conz, depois de passar por dois dos piores anos de sua série histórica, o varejo de material de construção tem obtido bons resultados em 2017, e esses números têm sido influenciados diretamente por ações como o Construcard. “A reformulação dessa linha de financiamento trouxe ao nosso setor aquilo que faltava para estimular o consumidor brasileiro a continuar construindo e reformando. O cliente passou a receber o Construcard no ato da contratação do financiamento e já sai do banco com o cartão liberado para compras de qualquer produto do nosso setor. É pensando no todo que podemos ajudar o nosso país a seguir pelo caminho do desenvolvimento e o Construcard é definitivamente parte disso”, declarou.

CONSTRUCARD
Aceito em uma ampla rede, composta por mais de 80 mil lojas em todo o Brasil, o cartão Construcard pode ser usado na compra de materiais de construção (como tijolos, esquadrias, pisos, telhas e tintas), até armários não removíveis, piscinas, elevadores, caixas-d’água, aquecedores solares, aerogeradores e equipamentos de energia fotovoltaica. Ao contratar o financiamento, o cliente recebe um cartão e tem até seis meses para realizar as compras e durante este período paga somente os juros dos valores que utilizar. O financiamento tem duas fases, utilização e amortização, e aceita diversas garantias (aval, alienação fiduciária de bem móvel, caução de depósito/aplicação financeira ou alienação fiduciária de bem imóvel), o que torna o crédito ainda mais acessível. O valor médio dos financiamentos é de R$ 15 mil e o limite varia de acordo com a capacidade de pagamento do cliente, não havendo valor máximo e o prazo para pagamento do financiamento pode chegar até 240 meses.