No Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/8), o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ligado a Secretaria de Estado da Saúde e a Faculdade de Medicina da USP, faz um alerta importante sobre a relação do cigarro com o câncer de bexiga. Pesquisa realizada com pacientes atendidos pela equipe de urologia nos últimos 12 meses mostrou que o tabagismo está ligado a 65% dos casos em homens e 25% em mulheres com tumores na região. No último ano, foram realizadas mais de 600 cirurgias e cerca de 2 mil consultas ambulatoriais.
A fumaça do cigarro contém inúmeras substâncias químicas e carcinogênicas. Quando os fumantes inalam a fumaça, elas são absorvidas pelos pulmões, entram na corrente sanguínea e são filtradas pelos rins. Uma vez na urina, todos esses compostos do tabaco podem danificar as células da bexiga, contribuindo diretamente para o desenvolvimento do câncer, em longo prazo.
Além do tabaco, os produtos químicos como tinturas de cabelo e tintas em geral, tecidos, borracha e petróleo estão entre os fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer. Indivíduos que trabalham na indústria e lidam com esses compostos por anos seguidos devem ficar atentos.
Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA/2016), são esperados 9,6 mil casos novos de câncer de bexiga. Apesar de pouco incidente, a taxa de mortalidade é alta, batendo seis vezes o câncer de próstata, que é o mais comum em homens e também atinge o sistema genito-urinário.
ASSESSORIA DE IMPRENSA / Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo