O próximo desafio do São Paulo pelo Campeonato Brasileiro terá uma novidade: a ausência de Lucas Pratto. O centroavante disputou todos os 20 jogos da competição, e é quem mais tempo ficou em campo entre os atletas de linha da equipe: 1.888 minutos.
O argentino cumprirá suspensão em seu pior momento técnico desde que foi contratado, no início de fevereiro. Além do baixo número de gols – cinco no Brasileirão, o último na vitória por 1 a 0 sobre o Vasco, no dia 19 de julho –, ele mal tem tido chances de marcar. Nas duas partidas mais recentes, contra Bahia (1×2) e Cruzeiro (3×2), ele só conseguiu finalizar uma vez, diante dos mineiros.
Pratto finalizava 3,4 vezes por jogo com Rogério Ceni. Após demissão do técnico, média caiu para 2,6 no Brasileirão. Até pouco tempo atrás, ele liderava esse quesito no campeonato. Agora é o segundo, com 62 finalizações, uma a menos do que o líder Lucca, da Ponte Preta. Em média, Pratto é o oitavo (3,1).
A bola tem chegado menos ao argentino, de fato. Esse é um dos problemas ofensivos do São Paulo. No último domingo, mesmo com os três pontos garantidos, o treinador pediu mais lucidez com a bola nos pés, na troca de passes pelo meio. O baixo número de jogadas de linha de fundo também preocupa. Para melhorar a recomposição defensiva, Dorival trocou Júnior Tavares, um lateral-esquerdo com vocação mais voltada para o ataque, por Edimar, mais conservador.
Com apenas um jogo por semana nessa fase do Brasileirão, Pratto voltará a campo no dia 27, no clássico contra o Palmeiras, no estádio do rival. Serão duas semanas de treinamento intensivo, mas também descanso físico e mental. No clube, pessoas da comissão técnica ressaltam que o argentino sente demais a má situação na tabela, e precisava mesmo de um tempo.
Por Alexandre Lozetti e Marcelo Prado, São Paulo