A fiança paga pelo empresário José Carlos Taldivo, 68, o Lalo, de Birigui, foi uma das maiores já arbitradas pela Justiça desde o início da operação Gato de Botas 2, que já prendeu mais de 60 pessoas em flagrante, a maioria da própria cidade.
Na decisão, o juiz da 3ª Vara Criminal de Araçatuba, Emerson Sumariva Júnior, (LEIA A INTEGRA NO FINAL DA MATÉRIA) cita que ao definir o valor, levou em consideração a situação econômica do acusado. “Na hipótese aqui cuidada, noto que o suspeito José Carlos Taldivo estaria, em tese, praticando furto de energia; semana passada, muitos casos apresentados e lavrados os flagrantes, sendo apresentados em juízo, onde foram fixadas fianças que ficaram entre R$ 800,00 e R$ 1.000,00; o suspeito é primário e não tem antecedentes criminais; em razão de sua situação econômica, fixo a fiança no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Com o recolhimento, expeça-se alvará de soltura”, consta na decisão.
Após deixar de converter o flagrante em prisão preventiva, fixando a fiança, o juiz determinou que o processo seja distribuído para uma das Varas do Fórum da Comarca de Birigui e que o Ministério Público seja comunicado. A prisão em flagrante de Taldivo foi apresentada após as 13h, horário limite da audiência de custódia. Ela foi aceita, como aconteceu na segunda-feira (31), quando ocorreram outros flagrantes semelhantes em Araçatuba e Birigui, e os acusados também foram soltos após pagamento e fiança.
Polícia encontra fraudes em motel, padaria e residência
Dando sequência à operação Gato de Botas 2, a Polícia Civil encontrou ontem fraudes no consumo de energia elétrica de uma padaria, de um motel e de uma residência, todos em Birigui. O único preso em flagrante foi o responsável por uma padaria, no bairro Silvares, onde foi constatado que dois relógios estavam com lacres que não são da CPFL Paulista e os lacres que eram da empresa estavam rompidos. Além disso, os técnicos da companhia identificaram manipulação interna nos medidores de consumo de energia.
A fiscalização também encontrou fraude no medidor de energia de um motel localizado na estrada do Goulart, no bairro Cortelazzi, mas o responsável não estava no local, por isso, não houve flagrante. No local, os policiais foram atendidos por uma recepcionista que acompanhou a vistoria, e apreenderam um aparelho chamado chupa-cabra, que frauda a medição do consumo, e lacres do relógio violados. O medidor foi apreendido.
Outra fraude foi encontrada na casa de um representante comercial no Tijuca Residencial Parque, que não foi localizado. Nesse caso, o relógio foi removido e havia uma ligação direta de energia. Por fim, a polícia confirmou a prisão em flagrante do proprietário de um posto de combustíveis e do dono de um açougue, após as fraudes serem constatadas na segunda-feira (1º). Os presos seriam apresentados em audiência de custódia.
A maioria dos 61 presos na semana passada pagou fiança e responderá em liberdade. Pelo menos sete deles tiveram a prisão em flagrante relaxada.