Uma operação policial realizada na manhã deste sábado (23) resultou em mais de 20 prisões de homens ligados ao tráfico de entorpecentes no município de Rosana. O trabalho foi desencadeado pela Polícia Civil, com apoio do Ministério Público Estadual (MPE), da Polícia Militar e da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP).
O trabalhou levou o nome de Operação Judas Iscariotes porque um dos envolvidos virou evangélico e resolveu trair o grupo.
Uma testemunha que prestou depoimento sob sigilo disse que um dos envolvidos no tráfico de entorpecentes na cidade tinha a ideia de atentar contra a vida do promotor de Justiça Renato Queiroz de Lima, que atua em Rosana.
O delegado responsável pelas investigações, Ramon Euclides Guarnieri Pedrão, contou ao G1 que ao longo do inquérito policial será apurada a existência de uma organização criminosa que comandava o tráfico na cidade.
Os envolvidos tiveram as prisões temporárias decretadas pela Justiça por 30 dias. Todos foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá. Segundo o delegado, eles serão ouvidos pela polícia no decorrer desse prazo.
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão que resultaram no recolhimento de drogas e dos celulares dos envolvidos. Um desses mandados judiciais foi cumprido nos endereços da casa e do escritório de um advogado, segundo Pedrão.
O delegado contou ao G1 que o inquérito tem o objetivo de esclarecer como era a atuação da susposta organização criminosa, já que até o momento as investigações apontaram a existência de núcleos articulados entre si para o tráfico de drogas na cidade.
Segundo Pedrão, os celulares apreendidos passarão por análise para identificar os conteúdos de mensagens e ligações dos proprietários e a sua relação com atividades criminosas.
Neste sábado (23), os mandados de prisão foram cumpridos ao mesmo tempo, nas residências dos envolvidos, tanto em Rosana como no distrito de Porto Primavera. O trabalho contou ainda com a participação dos canis da Polícia Militar e da SAP, além do Helicóptero Águia, também da PM. No total, mais de 150 policiais trabalharam na operação.