Na terceira idade é alta a prevalência de queixas em relação à memória. “Não me lembro onde guardei as chaves”, “O que eu ia fazer mesmo?”, “Onde coloquei meus documentos?”, “Será que eu já tomei os remédios hoje?”.

Os esquecimentos do dia a dia podem ter diversas causas relacionadas, por exemplo, à ansiedade, depressão, estresse, sono insatisfatório, efeito de medicações, como também pode indicar um estado de transição do envelhecimento saudável para o patológico, com prejuízos que podem se manifestar em outras funções cognitivas além da memória, como por exemplo, comprometimentos na atenção, no planejamento, na velocidade de processamento das informações, entre outros. Há situações em que os déficits não estão tão grandes a ponto de comprometer as atividades de vida diária, porém, já é possível perceber dificuldades em realizar tarefas que antes eram feitas normalmente. Como também há casos mais severos, com déficits cognitivos proeminentes e comprometimentos das atividades diárias que demandam a presença constante de um cuidador.

Diante da percepção dos familiares ou do próprio indivíduo em relação a essas queixas, é fundamental buscar auxílio profissional.

O neuropsicólogoutilizandotécnicas e instrumentos específicos da avaliação neuropsicológica poderá verificar quais funções cognitivas estão preservadas e se há algum déficit ou comprometimento em relação à faixa etária e/ou nível de escolaridade, contribuindo assim, com o diagnóstico médico e dependendo do estágio em que se encontra, auxiliar no diagnóstico precoce das demências (D. Alzheimer, D. Vascular, DFT, etc.), além de proporcionar estratégias terapêuticas que minimizem as consequências das alterações cognitivas na rotina do paciente/família, podendo também auxiliar na estimulação da “mente ativa” através de intervenções cognitivas.