Dois técnicos da Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral (Cati) de Dracena,participaram em Jaboticabal de atividades de capacitação para o Programa de controle e prevenção da mosca-dos-estábulos no rebanho paulista no último dia 12.
No total participaram do curso de capacitação, 120 técnicos das Cati e de Defesa Agropecuária (CDA) de todo o estado. Da Cati de Dracena, estiveram presentes representantes das Casas da Agricultura de Mariápolis onde há registros da mosca.
O inseto alimenta-se de sangue de animais provocando irritação no gado que perde o peso e prejudica a produção de leite.
O objetivo da capacitação, conforme explica o diretor da Cati de Dracena, engenheiro agrônomo Luis Alberto Pelozo, foi transmitir orientações para a prática contínua controle da mosca com o manejo adequado da vinhaça (ou vinhoto), resíduo pastoso e malcheiroso que sobra após a destilação do caldo de cana-de-açúcar fermentado, para a obtenção do etanol (álcool etílico) e um dos principais focos de procriação da mosca.
Em recente visita a uma usina de álcool em Junqueirópolis, o diretor da Cati constatou ações da empresa para controlar a distribuição da vinhaça e reduzir a infestação da mosca nas propriedades rurais próximas à destilaria.
O programa de controle da mosca foi estabelecido devido ao aumento de surtos da mosca-do-estábulono Estado, principalmente em áreas próximas às usinas, devido ao acúmulo de matéria orgânica vegetal (vinhaça e a palha da cana-de-açúcar), combinado ao manejo inadequado de restos de alimentos e dejetos de animais nas propriedades.
O coordenador de Defesa Agropecuária do Estado, Fernando Gomes Buchala, destaca que o trabalho de controle da mosca-dos-estábulos envolve conceitos de saúde animal, ambiental e pública e o programa trará uma visão panorâmica para essa mudança de paradigma no controle sanitário no País.
“Mas para isso, precisamos capacitar nossos técnicos de extensão rural e de defesa agropecuária para controlar essa infestação”, acrescentou Buchala, complementando que “os técnicos da Secretaria poderão orientar tanto os produtores rurais como as usinas a estabelecer melhores práticas fitossanitárias, mitigando este problema que tem afetado os rebanhos paulistas e prejudicado a pecuária de corte e leite”, concluiBuchala.