A cada apito final, a Copa do Mundo fica mais perto. Anote na sua agenda: faltam cinco jogos para o anúncio da lista de convocados do Brasil para o Mundial da Rússia. A oito meses da competição, o técnico Tite quebra a cabeça para definir os 23 nomes. Atualmente, o raio de observação da comissão técnica tem mais do dobro de jogadores.
Quem revelou o número foi o próprio Tite após o empate por 0 a 0 com a Bolívia, em La Paz, pelas eliminatórias. Na próxima terça-feira, o Brasil vai encerrar a sua participação na competição diante do Chile, em São Paulo. Restarão então apenas quatro amistosos antes da lista, que será anunciada em maio: dois em novembro (Japão e Inglaterra) e dois em março (Alemanha e, provavelmente, Rússia).
– Está aberto, são oito meses até a Copa do Mundo. Tem mais do que 35 atletas sendo monitorados. Em torno de 50 – disse Tite.
Já virou rotina nas entrevistas do treinador: sempre que perguntado, ele evita dizer quantas vagas estão fechadas. Mas analisando as convocações de Tite e suas escalações, é possível afirmar que 17 jogadores estão com o passaporte quase carimbado para a Rússia.
COM UM PÉ NA RÚSSIA
- Goleiros: Alisson e Ederson
Laterais: Daniel Alves, Marcelo e Filipe Luís
Zagueiros: Miranda, Marquinhos e Thiago Silva
Meio-campistas: Casemiro, Fernandinho, Paulinho, Renato Augusto, Willian e Philippe Coutinho
Atacantes: Neymar, Gabriel Jesus e Roberto Firmino
Restariam, então, seis vagas: o terceiro goleiro, o reserva da lateral-direita, o quarto zagueiro, dois meio-campistas e o quarto atacante. Cássio, no gol, e Jemerson, na zaga, têm ganhado espaço nas últimas convocações e estão na frente na disputa. As outras quatro vagas seguem mais abertas.
A pouco tempo no cargo, pouco mais de um ano, Tite sabe que precisa aproveitar cada minuto para formar opiniões e tomar decisões justas.
– Não tenho muito tempo de Seleção. É muito pouco, aliás. Por isso cada convocação, cada treino é uma situação ímpar.
– Não tem essa de testes. Existem oportunidades. O Ederson, por exemplo, vai jogar contra o Chile. Seria injusto colocar ele na altitude, onde a possibilidade do erro do goleiro é grande.
– Jogamos dois jogos importantes e difíceis contra Colômbia e Bolívia. Competimos de forma leal e sem tomar cartões para poder jogar o próximo compromisso. Queremos estar o máximo de tempo juntos e manter a estrutura da equipe – finalizou.
A delegação brasileira chegou a São Paulo na madrugada desta sexta. E nada de descanso: às 16h (de Brasília), os jogadores voltam a treinar no CT do São Paulo. A partida contra o Chile será na próxima terça-feira, às 20h30, na Arena do Palmeiras.