A liminar que, desde a madrugada desta sexta-feira, suspendia a 2ª e 3ª Rodada de Partilha da Produção, organizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foi derrubada. A informação, antecipada pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), foi confirmada pela Advocacia-Geral da União (AGU).
A concorrência estava marcada para iniciar às 9 horas. Executivos das grandes petroleiras estão no hotel Grand Hyatt, na Barra, zona oeste do Rio, desde cedo, aguardando o certame.
Depois de garantir ao governo uma arrecadação de R$ 3,842 bilhões com os blocos de petróleo e gás leiloados em setembro, a ANP realiza nesta sexta-feira, 27, a 2ª e a 3ª rodadas de licitações de áreas de pré-sal.
Segundo a ANP, os oito blocos ofertados podem gerar US$ 36 bilhões em investimentos no País e mais US$ 130 bilhões em arrecadação com royalties, óleo-lucro e imposto de renda.
Superada a tensão em torno da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral, Moreira Franco, o governo aposta na agenda econômica para virar a página e criar um clima positivo. Programado há bastante tempo, o leilão da ANP será o primeiro grande evento econômico após a votação na Câmara.
O governo espera um ágio elevado com a 2ª e a 3ª rodadas de licitações do pré-sal. Em setembro, quando quatro usinas da Cemig foram concedidas a estrangeiros e 37 blocos para exploração e produção de petróleo e gás foram arrematados, o ágio das concorrências garantiu uma receita extra de R$ 4,2 bilhões para o caixa da União.