Na segunda-feira, 28/8, foi realizado o primeiro leilão de descontratação de energia de reserva realizado no país pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)
Segundo a Secretaria de Energia e Mineração, o mecanismo resultou no cancelamento de 183,2 megawatts (MW) médios, com prêmio médio pago pelas empresas participantes de R$ 66,02 por MWh em empreendimentos de usinas eólicas e solares contratados em leilões de energia de reserva cuja construção não foi iniciada.
No Estado de São Paulo, conforme a Secretaria, a usina solar fotovoltaica Dracena 3 de 30 MW teve a construção anulada e a empresa terá que pagar uma multa no valor de R$ 2,3 milhões.
Ao todo, 25 empreendimentos de geração participaram do leilão de descontratação. De acordo com a Secretaria foram reincididos 16 contratos de usinas eólicas e nove solares resultando no ressarcimento de R$ 105.946.076,76 para a Conta de Energia de Reserva (Coner).
“Em meio à crise econômica e o fraco consumo de energia, o certame teve como objetivo oferecer uma oportunidade para que as empresas que tiveram problemas e não conseguiram sair do papel cancelassem seus empreendimentos.”, acrescenta a Secretaria de Energia.
Além do pagamento da multa, os participantes que descontrataram ficam impedidos de participar dos dois próximos leilões de energia de reserva.
DRACENA- A empresa espanhola Solatio Gestão de Projeto Solares Ltda. venceu o Leilão para Contratação de Energia de Reserva, promovido pelo Ministério de Minas e Energias, no dia, 31 de novembro de 2014.
A previsão era de que as quatro usinas (Dracena 1, 2, 3 e 4) seriamconstruídas em uma área de aproximadamente 166 hectares, em Dracena com capacidade para abastecer em média 65 mil residências.
PREFEITURA- De acordo com a Assessoria de Comunicação, até ontem, 5, de manhã, as Secretarias Municipais de Fazenda e de Assuntos Jurídicos não haviam recebido nenhuma notificação ou comunicado oficial a respeito do caso da Usina Dracena III.
SECRETARIA DE ENERGIA E ANEEL -A reportagem também entrou em contato com a Secretaria de Energia e Mineração solicitou para que entrasse em contato com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). As perguntas da reportagem foram encaminhadas à ANEEL por e-mail,mas até o final da tarde de ontem, 6, a estatal não havia respondido aos questionamentos sobre a situação da Usina Dracena III, assim como ficam as situações das outras três usinas fotovoltaicas (Dracena 1,2 e 4) que fizeram parte do leilão no final de 2014.