A Polícia Civil através das unidades agrupadas do 1º e 2º Distrito Policial de Dracena, vem registrando aumento na abertura de inquéritos para investigar as vendas fraudulentas de veículos em razão de hodômetros adulterados.
De acordo com o delegado do 2º Distrito Policial, Luiz Antônio dos Santos Guizelini, de um ano para cá os laudos das vistorias veiculares começaram a ficar arquivados no sistema do Ciretran no período de um a dois anos e em um determinado tempo, as pessoas refazem o laudo da vistoria para realizar a venda ou compra de um automóvel.
Ainda segundo o delegado, uma parcela dos veículos apresenta o hodômetro (marcador de distância percorrida) adulterados, tendo, por exemplo: um veículo que aparece no painel com 300 mil Km, mas na verdade apresenta 170 mil Km rodados e às vezes, a pessoa vende para um terceiro achando que o carro é de pouco uso e na verdade é um veículo utilizado.
Segundo o delegado Luiz Antônio, de um ano para cá, notou-se o aumento dessa fraude de adulteração dos hodômetros nos veículos, devido ao comportamento das pessoas que vendem para terceiros, que segundo o mesmo, essa mudança pode acarretar nas outras peças dos automóveis, uma vez que elas apresentam vida útil e precisam ser trocadas.
Conforme o delegado policial do 2º DP, as pessoas e até as empresas concessionárias de veículos, que cometem a adulteração do hôdometro pode responder judicialmente “in tese” pelos delitos de estelionato e do art.311 – Adulteração do chassi, motor e algumas peças, além do código de defesa do consumidor e da lei de relação de consumo de 1990 sobre as vendas de coisas fraudadas sendo crime contra a relação de consumo.
Ainda conforme Luiz Antônio, é instaurado um inquérito policial para apurar cada caso específico e analisar para ver se enquadra em qual desses delitos mencionados, tendo penas que variam de 2 a 7 anos de prisão.
A orientação do delegado Luiz Antônio é que a pessoa que irá comprar um veículo peça um laudo ao proprietário que está realizando a venda, antes de concretizar o negócio.