Do início deste ano até 1º de novembro, 150.982 imigrantes chegaram à Europa pelo Mar Mediterrâneo, frente aos 335.158 que conseguiram atravessar no mesmo período de 2016, informou nesta sexta-feira (3) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
De acordo com a OIM, esta é a primeira vez desde 2013 que o número de refugiados que cruzou o Mar Mediterrâneo não chegou a 200 mil nesse período, apesar dos desembarques no litoral europeu todos os dias.
Segundo a entidade, 75% dos imigrantes e refugiados que cruzaram o Mediterrâneo nos primeiros dez meses de 2017 pararam na Itália (111.552 pessoas) e os demais entraram no continente pela Grécia (23.826), Espanha (14.753) e Chipre (851). Conforme a organização, o número de mortos neste ano é 2.839 até agora. No mesmo período de 2016, foram registrados 4.150 casos.
O porta-voz da OIM, Joel Millman, admitiu que os números deste ano “são extraordinários (pela diminuição), em comparação ao ocorrido nos últimos quatro anos”, mas não descartou que até o fim de 2017 o total possa chegar a 200 mil. Segundo ele, a diminuição pode ser atribuída em parte ao pacto migratório da União Europeia com a Turquia.
“Há alguns anos, a percepção era de que a situação estava fora de controle e todos os meses chegavam 100 mil, 200 mil pessoas. Agora está diferente” destacou, acrescentando que a organização não tem clareza de todas as razões disso.
De acordo com o organismo, a Guarda Litorânea da Líbia interceptou 19 mil imigrantes no mar e os enviou de volta ao país.