Na tarde de ontem, 7, cerca de 32 funcionários de uma indústria de processamento de frutas da cidade e também diversos produtores de fruticulturas de Dracena e região, reuniram-se em frente ao portão de entrada da empresa, localizada às margens da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294).

Segundo um dos funcionários da empresa, Danilo de Oliveira, que tinha a função como encarregado de controle de produção há 19 anos e 3 meses, a reunião em frente a indústria de processamento de frutas teve “o objetivo de mostrar a indignação das demissões e desamparo da empresa com os funcionários”.

Ainda de acordo com Danilo, nesta última segunda-feira, 6, no fim do expediente, a direção da empresa reuniu todos os funcionários e comunicou que estava parando com as atividades e que os empregados poderiam buscar os direitos de forma judicial.

Ainda conforme o funcionário, a direção apenas informou que iria parar com as atividades e não deu mais detalhes.

De acordo com Danilo de Oliveira, em torno de 32 funcionários que trabalhavam com carteiras assinadas desde o setor administrativo e de produção, além de aproximadamente 200 produtores de fruticulturas que compreende desde Pacaembu a Paulicéia foram prejudicados, uma vez que segundo o mesmo, o impacto das demissões vai além de atingir Dracena e também a região, pois cada produtor emprega cerca de 5 a 10 funcionários nas produções de frutas.

Danilo também disse que os funcionários se reuniram e lavraram boletim de ocorrência para buscar os direitos trabalhistas junto à empresa.

Para a funcionária, Simone Cristina Miguel que trabalhava há um ano e três meses em serviços gerais, o comunicado da direção pegou todos desprevenidos“foi falta de respeito com os funcionários, agora desempregada, passará dificuldades para pagar contas no final do ano”.

Já para o produtor de mangas há 30 anos, Osvaldo Castanha, que tem sete alqueires em Tupi Paulista e realizava a entrega de seu produto desde a instalação da indústria de processamento de frutas, também será prejudicado pelo fim das atividades, uma vez quea colheita da manga começa agora no final do ano.

 

OUTRO LADO

 

A reportagem do Jornal Regional tentou entrar em contato na tarde de ontem, 7, com a direção da empresa de processamentos de frutas, mas as ligações não foram atendidas e nem encontrado advogado responsável.