No terceiro trimestre deste ano, 26,8 milhões de trabalhadores não tinham emprego, trabalhavam menos horas do que gostariam ou faziam parte da força de trabalho potencial (aqueles que podem trabalhar, mas não procuram trabalho). Esse número indica que, de julho a setembro, a subutilização da força de trabalho do Brasil atingiu 23,9%.
Essa quantidade de trabalhadores cresceu tanto em relação ao trimestre anterior (26,3 milhões), quando a taxa atingiu 23,8%, como frente ao terceiro trimestre de 2016 (22,9 milhões), quando chegou a 21,2%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).
De julho a setembro deste ano, as maiores taxas de subutilização de trabalhadores partiram da Bahia (40,1%), do Piauí (38,5%), e do Maranhão (37%) e as menores, de Santa Catarina (10,9%), Mato Grosso (14,8%) e Rondônia (15,5%).
Subocupação
No detalhamento da pesquisa, o IBGE também divulgou o índice relativo às pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior, somadas às pessoas desocupadas. Essa taxa combinada ficou em 18,5%, equivalente a 19,2 milhões de pessoas. No trimestre anterior, o índice foi de 18,6% e, no mesmo período de 2016, de 16,5%.
Força de trabalho potencial
Outro recorte da pesquisa do IBGE aponta que o contingente de pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram mas não estavam disponíveis para trabalhar, somou 20,5 milhões. Esse número resulta no índice chamado de “taxa combinada da desocupação de da força de trabalho potencial”, que ficou 18,5%.
Desempregados
Conforme o IBGE já havia divulgado no final de outubro, o número de desempregados no Brasil no terceiro trimestre deste ano atingiu a menor taxa do ano, de 12,4%, o que equivalente a 13 milhões de desempregados.