O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (29) que não há mais espaço para concessões no texto da reforma da Previdência além das que já foram feitas em relação à proposta original enviado pelo governo ao Congresso.
“Já fizemos concessões muito grandes que representam cerca de 40% daquilo que era a proposta original. Para preservar a reforma, para que ela tenha o efeito necessário, entendemos que deveria ter guardado a corporificação inicial. Não foi possível. Chegamos no que é possível. Agora, novas concessões, além das que já foram feitas, o governo não vê como possibilidade de fazer nesse momento”, afirmou a jornalistas, no Palácio do Planalto.
Ministro Eliseu Padilha: a reforma é indispensável
“As concessões do governo chegaram no limite. Chegamos no osso. Já não temos mais condições de fazer concessões. Não haverá concordância do governo com qualquer tipo de nova concessão.”
O ministro disse esperar que a reforma seja votada na Câmara ainda este ano. Segundo ele, a reforma é “indispensável”. “Se não houver reforma da Previdência, no ano de 2024 todo o Orçamento da República só paga folha de pagamento, previdência, saúde e educação”, afirmou.
Com o novo texto da reforma da Previdência, definido na semana passada, pelo Palácio do Planalto e pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o governo estima que deve deixar de economizar cerca de R$ 320 bilhões no período de dez anos, ou cerca de 40% da economia estimada na comparação com a proposta inicial enviada no ano passado ao Congresso.