Um homem de 33 anos, morador de Osvaldo Cruz, foi diagnosticado com leishmaniose e está em tratamento em Marília (SP). É o primeiro caso da doença neste ano na cidade.

Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira (13), a Prefeitura de Osvaldo Cruz informou que o paciente apresentou sintomas da doença, procurou o serviço público de saúde, esteve internado na Santa Casa local e depois foi transferido para Adamantina.

Em Adamantina, ainda segundo a Prefeitura, ele foi submetido a um teste rápido para diagnóstico da doença e foi confirmada a contaminação.

Após aguardar uma vaga em Marília, ele foi transferido para aquela cidade, onde começou o tratamento.

 

A doença

 

doença é causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitidos pelo mosquito-palha. Em estágio mais avançado, a doença causa inchaço do fígado e do baço, comprometendo o correto funcionamento do sistema hematológico, e pode atingir também a medula óssea.

Se não tratada, a leishmaniose pode levar à morte em 90% dos casos, segundo o Ministério da Saúde.

Pela convivência no ambiente doméstico, os cães são vistos como intermediários importantes da transmissão da leishmaniose visceral para humanos: o mosquito pica um animal contaminado e passa adiante o protozoário causador da doença ao picar outro animal ou uma pessoa.

Perda de peso, aparecimento de feridas ou descamações de pele, queda anormal de pelos, inchaço das pernas e sangramento do nariz são efeitos da leishmaniose visceral em cachorros. No entanto, a doença pode ser assintomática em muitos casos.

Diferentemente do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, que se reproduz em água limpa, o mosquito que transmite a leishmaniose prefere ambientes úmidos com farto material orgânico.

Há apenas um medicamento liberado pelo Ministério da Agricultura para o tratamento da leishmaniose visceral canina, porém, ele não é considerado 100% eficaz.

Embora reduza os sintomas no cão, o medicamento não elimina totalmente o protozoário, de forma que o animal continua sendo um repositório da doença.

O Ministério da Saúde está conduzindo pesquisas para avaliar a relação custo-efetividade do uso de coleiras repelentes como medida de controle.

A primeira vacina é aplicada em três doses, depois são necessários reforços anuais de aplicação única.

 

Prevenção

 

Apesar de ser grave, a leishmaniose visceral em humanos tem tratamento com medicação, mas não vacina.

O combate à doença passa pelo controle da proliferação do mosquito. A limpeza de material orgânico de jardins e a destinação correta do lixo são fundamentais. Os usos de inseticidas e repelentes, bem como de telas milimetradas em portas e janelas, também são recomendados.