O déficit no comércio de bens e serviços dos Estados Unidos subiu para US$ 48,7 bilhões em outubro, US$ 3,8 bilhões a mais que no mês anterior, informou nesta terça-feira (5) o Escritório do Censo do Departamento de Comércio dos EUA. Esse aumento de 8,6% marca o ponto mais alto do déficit comercial nos últimos nove meses, e supera o prognóstico dos analistas, que tinham antecipado que o indicador chegaria até cerca de US$ 47,5 bilhões. A informação é da EFE.

Os números de outubro são reflexo, em parte, do encarecimento das importações de petróleo e de um aumento notável da importação de bens procedentes de China, México e União Europeia (UE), combinado com uma queda nas exportações de alimentos, soja e aviões de passageiros, entre outros. O déficit em setembro também foi revisado para cima e ficou em US$ 44,9 bilhões.

Em outubro, as exportações americanas alcançaram os US$ 195,9 bilhões, apenas US$ 100 milhões a menos que em setembro, enquanto as importações chegaram a US$ 244,6 bilhões, US$ 3,8 bilhões acima do mês anterior.

Os resultados de outubro também refletem um aumento de US$ 3,8 bilhões do déficit no comércio de bens com o exterior, ao atingir os US$ 69,1 bilhões, assim como uma redução do superávit tradicional da troca de serviços, que caiu para US$ 20,3 bilhões (US$ 1,5 bilhão a menos).

Neste ano, o déficit no comércio de bens e serviços dos EUA aumentou US$ 49,1 bilhões em relação ao mesmo período de 2016, o equivalente a 11,9%. Isso se deve a aumentos tanto das importações, que cresceram em US$ 97,5 bilhões, equivalente a 5,3%, como das exportações, que subiram US$ 146,6 bilhões, ou 6,5% em relação ao ano passado.