Análise feita pela Fiesp e pelo Ciesp mostra que em 2018 deverá ganhar força a retomada da economia brasileira. Com a redução do endividamento das famílias e das empresas, condições favoráveis no mercado externo e redução da taxa de juros, há tendência à expansão do crédito, levando ao aumento do consumo e estimulando a produção. Também deverá haver manutenção da melhora do mercado de trabalho, com queda da taxa de desemprego e elevação da massa salarial.

Para a economia como um todo, a expectativa da Fiesp é de crescimento de 2,8% do PIB no ano que vem. E para o segmento da Indústria de Transformação o crescimento projetado é de 3,1%. Em relação aos investimentos (formação bruta de capital fixo), a expansão esperada é de 3,2%.

As previsões para 2018 são respaldadas por resultados positivos em diversos aspectos da economia, que vem de três trimestres seguidos de crescimento do PIB, incluindo expansão de 0,1% no terceiro trimestre, em relação ao anterior. É um sinal de recuperação consistente, sustentada pelo consumo. Também houve no terceiro trimestre crescimento no consumo das famílias, além de volta da expansão dos investimentos, depois de longo período de quedas sucessivas.

As boas notícias devem continuar até o final de 2017, com o cálculo da Fiesp de crescimento do PIB de 0,5% no 4º trimestre em relação ao 3º. O PIB projeta crescimento de 1,1% no ano, e o PIB da Indústria de Transformação, de 1,2%.

Dados recentes apontam para a consolidação da recuperação econômica. É o caso do desempenho dos setores industriais (como veículos automotores) e do comércio varejista. Além disso, a melhora do mercado de trabalho e a recuperação da confiança do empresariado reforçam o cenário de retomada da economia.

Para que esse processo de retomada da economia se mantenha e que seja acelerado o crescimento, é essencial que as reformas estruturais, como a da Previdência e a tributária, sejam aprovadas. Além disso é fundamental o barateamento do crédito com a redução dos spreads bancários.

A saída da recessão até aqui foi lenta, porém consistente, sustentada pela melhora da massa salarial, inflação baixa, redução da taxa de juros, aumento das exportações, entre outros fatores que se espera que sejam mantidos em 2018, permitindo a aceleração da retomada do crescimento.