Foi finalizada a restauração das fachadas da Estação da Luz, na região central da capital paulista, danificadas em um incêndio em dezembro de 2015. Na ocasião, o fogo destruiu o Museu da Língua Portuguesa, que funcionava no prédio inaugurado no início do século 20. Também voltou a funcionar hoje (6) o relógio da torre principal do edifício.
Os trabalhos de restauração serão focados a partir de agora na reconstrução do museu. Mesmo as partes que não foram atingidas pelas chamas serão reformadas. “Esse incidente nos deu a oportunidade de olhar criticamente para os 10 anos de atuação do museu e tentar melhorar algum ponto negativo nesse novo projeto que nós estamos desenvolvendo”, destacou a coordenadora de museus da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo, Regina Ponte. Segundo ela, está sendo pensados aperfeiçoamentos no fluxo de público dentro da instituição.
O governador Geraldo Alckmin vistoriou as obras. De acordo com ele, o restauro depende de materiais específicos que estão sendo trazidos para a capital. “A cobertura de zinco já está no Porto de Santos, 27 toneladas vindas do Peru. A madeira cumaru da Amazônia, de Santarém [Pará], também toda certificada. E nós teremos até o final do ano que vem a parte do prédio toda pronta e entregue”, disse ao visitar o local.
O museu, no entanto, só deverá voltar a funcionar em 2019.
Estão sendo investidos nos trabalhos um total de R$ 65 milhões, sendo que R$ 29 milhões vêm da indenização do seguro do prédio. Os R$ 36 milhões restantes são investimentos de empresas privadas apor meio de renúncia fiscal da Lei Rouanet e da lei estadual de incentivo à cultura. Os aportes são do grupo EDP, da Rede Globo e do banco Itaú.
Trens
Alckmin aproveitou a visita à estação para entregar dois novos trens para a Linha 7 – Rubi, que liga a capital à Jundiaí. As composições fazem parte de um lote de 65 unidades compradas da Hyundai. Apesar da previsão inicial de que todos os trens já tivessem sido entregues ainda este ano, apenas 28 estão em operação, contando os dois que entraram em funcionamento hoje.
O governador disse que os atrasos ocorrem devido à crise econômica, que debilita as empresas. “A crise afetou não só o governo, mas também as empresas”, enfatizou. “Nós deixamos de arrecadar em três anos e meio R$ 27 bilhões. Deixamos de arrecadar pela crise, pela recessão”, exemplificou para dar dimensão do impacto da crise na economia.