A 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro condenou o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada e o ex-gerente da estatal Pedro José Barusco Filho por envolvimento em um esquema de fraudes em contratos da petrolífera. Além deles, também foi condenado o membro da comissão de licitação de plataformas flutuantes (FPSO) Paulo Roberto Buarque Carneiro.
Os três foram condenados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de ativos. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), eles se envolveram em crimes nos contratos entre a Petrobras e a SBM Offshore para fretamento de navios-plataforma.
Também foram condenados os ex-agentes de vendas da SBM no Brasil Julio Faerman e Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva, por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha.
A denúncia do MPF aponta que, por meio do uso empresas offshore de fachada, houve pagamentos indevidos na Suíça de pelo menos US$ 46 milhões, entre 1998 e 2012, por contratos envolvendo oito plataformas.
Entre os réus ligados diretamente à Petrobras, Paulo Roberto Buarque Carneiro recebeu a maior pena: 24 anos e 10 meses, além de multa e o confisco de US$ 8,4 milhões. Jorge Luiz Zelada foi condenado a 13 anos e 5 meses e 10 dias de reclusão, além de multa e o confisco de US$ 630 mil.
Já Pedro Barusco foi condenado a apenas dois anos de prisão em regime aberto por ter feito acordo de delação premiada e a dois anos e meio de prestação de serviços à comunidade. Ele já tinha devolvido US$ 29,7 milhões e pago multa de R$ 3,25 milhões.