Aprovado na sessão da Câmara de Vereadores de Dracena da última segunda-feira, 11, o reajuste na tarifa mínima de água e esgoto fornecida pela Emdaep (Empresa de Desenvolvimento, Água, Esgoto e Pavimentação) gerou inúmeros comentários em toda a cidade e universo virtual.
Mesmo atingindo diretamente a população, o reajuste é necessário para manter o funcionamento da autarquia municipal, cobrindo custos de operação (energia, combustível, insumos, etc.), manutenção, ampliação de obras, investimentos, serviços e administração, além, é claro, do fornecimento do serviço a um dos custos mais baixos de todo o estado de São Paulo.
A tarifa mínima cobrada pela Emdaep a partir de fevereiro de 2018, com direito a consumo de até 10 m³, será de R$ 29,55, o que equivale ao custo diário de R$ 0,98. Atualmente, o valor cobrado é de R$ 0,86 por dia.
Para o mesmo volume de água, inúmeras cidades da região cobram mais que a Emdaep. Atendidas pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Adamantina, Flora Rica, Santa Mercedes, Santo Expedito, Lucélia, Osvaldo Cruz, Flórida Paulista, Presidente Epitácio, Presidente Prudente e Tupã têm a tarifa mínima de R$ 43,52, ou seja, 47,27% a mais do que será cobrado em Dracena.
Em São José do Rio Preto é de R$ 30,20, já em Votuporanga é R$ 30,37, enquanto em Andradina o valor é de R$ 30,64 e em Bauru é R$ 36,46. Todas essas cidades contam com serviços fornecidos por autarquias ou departamentos municipais.
Caso o projeto de lei não fosse aprovado na Câmara, a capacidade operacional da empresa ficaria extremamente comprometida, conforme apontamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
“A Emdaep continua com o fornecimento de um dos serviços mais baratos do Estado, mesmo com o reajuste aplicado nas contas a partir de fevereiro. Não gostaríamos de ter reajustado a tarifa, mas, infelizmente, toda a cadeia operacional sofreu aumento no custo no último ano e para a empresa sobreviver, o aumento se deu necessário”, salientou o presidente Fernando Ruiz Filho.