Há poucas semanas do Natal, a expectativa de vendas continua crescente. Após período da Black Friday que, em novembro de 2017, faturou 10,3% a mais do que o mesmo período em 2016, a rede varejista registra um aumento constante nas vendas. O levantamento de expectativa de vendas para o Natal, feito pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo), mostra que os lojistas estão confiantes para essa época. O crescimento médio para o natal de 2017 deve ser de 5%, com um ticket médio que varia de R$50 a R$150, dependendo da cidade do estado.

A pesquisa realizada com a participação das principais CDLs (Câmara de Dirigentes Lojistas) do estado confirma um Natal mais otimista para 2017, mesmo considerando o cenário econômico de insegurança que ainda aflige os principais empresários do varejo – principalmente o pequeno lojista.  “O Natal é a data mais positiva do ano para o varejo. Mesmo havendo Black Friday em novembro, a tradição do Natal é muito forte entre os brasileiros. Para 2017, acreditamos numa ligeira melhora mesmo sabendo de toda a influência da economia no país”, explica o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.

O interior do estado também se mantém mais otimista, inclusive nas previsões de contratações temporárias. “A Black Friday já é um período bom para o comércio, tanto para vendas como para contratações, que seguem até o Natal. Para 2017, a expectativa é que as vagas tenham aumento de 10%”, acredita Stainoff. Confira a expectativa de cada região do Estado feito pela FCDLESP:

Capital e Grande SP

Na região da capital e grande São Paulo os lojistas, principalmente do comércio de rua, mantém expectativa de aumento de 3% com ticket médio de compra entre R$ 100,00 e R$ 150,00.  A CDL de Itaquera, por sua vez, não acredita que o Natal possa melhorar a rentabilidade do comércio local. “Por enquanto não há grandes expectativas de contratações e o funcionamento das lojas permanecerá o mesmo”, afirma o presidente da CDL de Itaquera, Roberto Manna.

Já Taboão da Serra apresenta um leve crescimento, que deve chegar a 5%. Com ticket médio de R$50,00 a R$100, a cidade prova certa resistência em fazer grandes apostas. O presidente da CDL da cidade, Augusto da Fonseca, afirma que o ano de 2018 pode ser melhor  na região do que 2017, mesmo que seja com lento crescimento.

Interior de São Paulo

Cidades como Sorocaba e Barretos acreditam em um crescimento de vendas em torno de 5%, assim como nas contratações temporárias. “Precisaremos de mais mão de obra neste período de fim de ano, por isso pretendemos contratar 20% a mais de funcionários, com possibilidade de 10% do total ser efetivado. Por isso, vamos ampliar também o tempo de funcionamento das lojas”, afirma o presidente da CDL de Sorocaba, Antônio Luís de Almeida.

Para o interior do estado, a expectativa é de um ticket médio de compra entre R$ 50,00 e R$ 150,00.

Litoral

O litoral paulista é a região mais confiante do estado, mesmo com o histórico desfavorável de 2017. “Este ano não foi muito bom economicamente falando, mas continuo acreditando que o investimento em capacitação dos colaboradores vai ajudar a alavancar a economia”, alega a presidente da CDL de Bertioga, Marisa Montes Negro. A cidade prevê um crescimento nas vendas de 12%, com um ticket médio de R$100,00 a R$150,00.

Já Praia Grande acredita em um aumento de 20%, considerando o crescimento da cidade como ponto favorável para o comércio local. O ticket médio previsto é de R$ 50,00 a R$ 150,00.

O presidente da CDL de Praia Grande, Antônio Luiz de Souza, afirma que 2017 foi um ano de evolução econômica para a região. “Os turistas têm aumentado bastante a massa de consumo da cidade, além do boom imobiliário e a facilidade de acesso para cá. Tudo isso faz nossa economia girar”, explica.

As duas cidades estão com 1.500 vagas abertas para contratações temporárias e do total, 20% têm chances de efetivação para o ano seguinte.

ABCD

Levemente confiante, a CDL de Diadema afirmou crescer apenas 2% se comparado a 2016. A previsão do ticket médio dos consumidores varia de R$100 a R$150, porém a expectativa ainda está fraca.

“Este foi um ano com vendas abaixo das metas, poucas contratações e muitas demissões, porém, para 2018, pretendemos realizar reuniões regionais para sentir as necessidades territoriais, assim traremos esperança para nossos comerciantes. Como ano que vem é ano eleitoral, creio que isso vai ajudar a melhorar a economia também”, conclui o presidente da CDL de Diadema, José Manuel Vieira de Mendonça.