Na tarde de hoje, 15, em reunião realizada na Sala do Cidadão, o Conselho Municipal de Saúde deliberou por unanimidade pela descontinuidade da Empresa Municipal de Saúde (EMS) “Dr. Carlos Osvaldo de Carvalho Poli”.
A decisão foi tomada embasada por estudos técnicos da Secretaria Municipal de Saúde e Higiene Pública, que vislumbraram a possibilidade de reorganização dos procedimentos de ultrassonografia, mamografia e litotripsia por empresas conveniadas, gerando economia aos cofres públicos. Assim, nenhum paciente terá interrupção dos serviços, que serão realizados por prestadores a partir de fevereiro.
A descontinuidade da EMS permitirá uma economia de aproximadamente R$ 200.000,00 à Prefeitura de Dracena em 2018, já descontados todos os valores relativos a rescisões trabalhistas (CLT), liquidação e demais encargos. Para 2019 estima-se R$ 500.000,00 em economia.
Criada em fevereiro de 1997 pela Lei Municipal nº 2.676, a EMS desempenhou importante papel na história de Dracena por mais de 20 anos, no entanto, seu custo operacional se tornou bastante elevado, tendo em vista a falta de atualização da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), as amarras legais existentes e necessidade constante de atualização de equipamentos, quase sempre importados, tornando a empresa altamente deficitária.
Atualmente, a administração municipal é responsável por arcar com cerca de 80% do custo operacional da empresa.
“A Empresa Municipal de Saúde desempenhou um trabalho de grande importância ao longo de mais de 20 anos junto à comunidade dracenense e região, em um momento que não existia o AME (Ambulatório Médico de Especialidades)”, disse o prefeito Juliano. “Mas fatores externos exigiram que mudanças fossem feitas. A crise orçamentária que o país atravessa não permite gastos desse tamanho”, completou Bertolini.