O Governo Federal anunciou na semana que passou que o preço do botijão do gás de cozinha (GLP) cairia 5% a partir da sexta-feira, 19, nas refinarias da Petrobras em todo o País e os reajustes do botijão de até 13 kg passarão a ser trimestrais e não mais mensais.

Conforme informou a Agência Brasil na última semana, as revisões feitas pela Petrobras poderão ou não se refletir no preço final ao consumidor, uma vez que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados.

A reportagem do JRentrou em contato com três representantes do setor na cidade e segundo a informação obtida ontem, 23, foi de que até o momento não conseguiram reduzir o valor do produto para seus clientes, porque as distribuidoras estão vendendo o gás com o preço que já vinha sendo praticado. Segundo os comerciantes, tudo continua igual sem redução de valor pelas distribuidoras.

Na cidade, o botijão pode ser encontrado em média pelo preço a partir de R$ 65.

Donos de revendedoras de gás disseram que além do mais não conseguiram repassar os últimos aumentos ocorridos. De acordo com eles, a situação está complicada, porque o consumo está muito baixo, as pessoas estão economizando gastam menos nos supermercados e consequentemente usam menos gás.

Uma comerciante lembrou que o mês de janeiro é difícil economicamente, também citou que neste dezembro as vendas em seu estabelecimento foram normais. “Geralmente é um mês que vendíamos mais gás, mas dessa vez foi normal, sem aquele movimento de anos passados”.

Outro comerciante falou que antes muitos consumidores compravam de dois botijões de gás, para sempre ter um de reserva, o que atualmente já não ocorre mais. Citou que hoje 99% dos clientes compram o gás para substituir por aquele que acabou.

REAJUSTE TRIMESTRAL

A partir deste ano, segundo o Governo Federal, os reajustes de preços passam a ser trimestrais em vez de mensais, com vigência no dia 5 do início de cada trimestre. O período de apuração das cotações internacionais e do câmbio que definirão os percentuais de ajuste será a média dos doze meses anteriores ao período de vigência e não mais a variação mensal.

Qualquer redução ou aumento de preços superior a 10% terá que ser autorizada pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp), formado pelo presidente da Petrobrase pelos diretores de Refino e Gás Natural e Financeiro e de Relacionamento com Investidores. Nestes casos, a data de aplicação dos ajustes pode ser modificada. Caso o índice de reajuste seja muito elevado, o Gemp poderá não aplicá-lo integralmente, e compensar a diferença.

O mecanismo de compensação vai permitir comparar os preços praticados com a nova política e os preços que seriam praticados com a política anterior. As diferenças acumuladas em um ano, ajustadas pela taxa selic, serão compensadas por meio de uma parcela fixa acrescida ou deduzida aos preços praticados no ano seguinte.