Uma das piores crises que o município enfrenta é o aumento do desemprego e a falta de recursos para custear as despesas com o sistema de saúde. Postos de Saúde são atingidos com a falta de medicamentos, UPA (Unidade de Pronto Atendimento) opera com recursos escassos, IPT (Instituto de Psiquiatria Tupã), Clínica de Repouso Dom Bosco e a rede própria do programa Farmácia Popular já fecharam suas portas.
Para piorar o que já estava péssimo, desde o final do ano passado o Hospital São Francisco já não atende pacientes conveniados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), devido o fim do seu contrato com o governo federal.
Com cerca de 65 mil habitantes, Tupã possui apenas um hospital com pronto-socorro para atender os pacientes por meio do SUS, também da região.
Aviso prévio
Sem condições de manter seus atendimentos via SUS, o Hospital São Francisco decidiu encerrar esses serviços e atender, apenas, a demanda particular e de convênios. Com a medida, o hospital teve que efetuar uma demissão em massa, para equilibrar suas contas.
O aviso prévio dos funcionários do Hospital São Francisco se encerra no próximo domingo, dia 28, mas ainda ontem alguns avisos prévios já estavam sendo encerrados.
O Hospital São Francisco informou que serão apresentadas ao Sinsaúde (Sindicato dos Fucionários da Saúde) as decisões tomadas em relação à demissão dos funcionários. “Eles vão nos apresentar essa decisão e a forma como serão feitos os pagamentos”, afimou o presidente do sindicato, Orides Sávio Vivi.
Após essa reunião, o sindicato fará uma assembleia geral com os funcionários para definir se concordam com a proposta.
De acordo com Vivi, o Hospital São Francisco demitiu todos os seus 220 funcionários, que estão cumprindo aviso prévio. “A Santa Casa contratou alguns funcionários. Para continuar com o hospital aberto, funcionando do jeito que está, o São Francisco vai precisar de cerca de 70 funcionários”, ressaltou.
Ainda não se sabe se o Hospital São Francisco irá recontratar 70 funcionários, dos 220 que serão demitidos, ou se irá contratar outros trabalhadores. “Existem casos de funcionários que nem querem mais trabalhar no São Francisco. Não sabemos quem serão esses novos funcionários”, salientou Vivi. “O que sabemos é que a cidade terá novos desempregados”, acrescentou.
O presidente do sindicato disse que a crise na saúde atinge outras cidades da região, mas que até o momento não têm previsão de quantos hospitais ainda encerrarão suas atividades neste ano (Fonte: Jornal Diário de Tupã).